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Cortina de Fumaça – O real interesse de Sebastião Salgado na construção da estrada de Pullcapa

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Sou um grande admirador do trabalho de Sebastião Salgado, tenho alguns livros, autógrafo e quadros originais. Mas é preciso discordar de um dos maiores fotógrafos do mundo. A fotografia éSou um grande admirador do trabalho de Sebastião Salgado, tenho alguns livros, autógrafo e quadros originais. Mas é preciso discordar de um dos maiores fotógrafos do mundo. A fotografia é o reflexo do instante, e isso é mágico. Quando se posiciona indígenas em poses e vestes que chamam a atenção de olhares curiosos do exterior, isso é um ensaio, não é tão real.

Sou igualmente um grande admirador da cultura indígena, andei por diversas aldeias e, de alguns desenhos que recebi, resolvi tatuar um em lugar visível, pois tenho antepassados indígenas. Já vi aldeias com problemas de lixo, ajudei o professor Claudemir Mesquita em um projeto sobre essa questão e fizemos um livro para educar as crianças. Soube da questão do choque de religiões, igrejas evangélicas que, por meio de projetos de assistência social, estão evangelizando os indígenas. Tudo isso em área sem estradas, de acesso somente por barco.

Sebastião Salgado critica ferozmente a construção de uma estrada que ligaria o Acre ao Peru pela Serra do Divisor. Chico Mendes e Marina Silva também faziam essas críticas nos embates pela construção da BR-364, a mesma que hoje leva alimentos, medicamentos e combustíveis de Rio Branco para Cruzeiro do Sul. Parte das doses que vacinou a população indígena foi transportada por essas estradas no Acre.

O desenvolvimento muda a realidade de todos. Leva progresso. Sebastião Salgado nunca se interessou por um ensaio sobre as facções que vivem ao redor da floresta, oriundas do narcotráfico que se aproveita das fronteiras e do difícil acesso para a polícia. Muito dos parques ambientais e devido as nossas fronteiras, são usados como rota e exploração de madeira ilegal, pois as pessoas desses lugares tem necessidades e, infelizmente, são alvos desse mercado. O indígena não quer viver como um retrato na parede ou objeto para ser explorado, ele deseja plantar, fazer um roçado, vender artesanato, receber turistas, se desenvolver. E não me refiro aos isolados, me refiro à comunidade indígena na sua maioria, como também os ribeirinhos.

A estrada é um caminho para evolução, e não para a extinção. O capital financeiro pode entrar de dois modos em uma sociedade, lícito e ilícito, e hoje como é vivido o ambientalismo na Amazônia Ocidental, essa narrativa que acompanhamos há 20 anos só é um impulsionamento para o aumento da criminalidade e da pobreza. O que me incomoda muito é que os maiores defensores da Amazônia sequer têm a coragem de viver aqui. Aqui é lugar de exploração, montagem para a exibição ao público e patrocinadores que desejam o exótico. E para essa indústria continuar, quem vive disso não tem problema nenhum em fazer turismo social com a pobreza do Acre. Isso é de um egoísmo desumano.

Mesmo sendo admirador da pessoa do fotógrafo, é preciso começar a enfrentar com argumentos aqueles que usam a cortina de fumaça da Amazônia para preservar seus próprios interesses. Não vemos por aqui ajuda dos bancos, mineradoras e petrolíferas que patrocinam as expedições do grande fotógrafo. Existem milhares de jovens querendo emprego aqui, o Brasil precisa saber disso.

Mostre essa realidade, Sebastião Salgado. Seria uma obra única para seu legado.

Rodrigo Pires - Empresário e Fundador do Fórum Acre 2050

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Casa Branca rebate fala de Lula à CNN sobre Trump: “Líder do mundo livre”

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Presidente brasileiro afirmou em entrevista à CNN que líder americano não foi eleito para ser imperador do mundo

A Casa Branca rebateu a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à CNN de que Donald Trump não foi eleito para ser “imperador do mundo”. A porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt, afirmou que o líder americano é líder do mundo livre.

“O presidente [Donald Trump] certamente não está tentando ser o imperador do mundo; ele é um presidente forte dos Estados Unidos da América e também o líder do mundo livre. E vimos uma grande mudança em todo o mundo devido à forte liderança deste presidente”, comentou Leavitt.

A entrevista exclusiva de Lula à âncora Christiane Amanpour foi exibida pela CNN Internacional.

“Não podemos deixar o Presidente Trump esquecer que ele foi eleito para governar os EUA. Ele não foi eleito para ser o imperador do mundo”, disse o chefe de Estado brasileiro.

A resposta da Casa Branca veio durante uma entrevista coletiva com a porta-voz nesta quinta.

Além de reforçar que Trump é o líder do mundo livre, Karoline Leavitt também reafirmou as ações dos Estados Unidos contra o Brasil: “O presidente enviou uma carta ao Brasil anunciando a nova porcentagem de tarifa. Ele também orientou o embaixador do USTR, Jamieson Greer, a iniciar uma investigação sobre o Brasil sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, projetada para lidar com práticas estrangeiras desleais que estão afetando o comércio dos EUA”.

A Casa Branca também criticou as regulamentações digitais do Brasil e o que chamou de “fraca proteção à propriedade intelectual”. Segundo o governo americano, esses fatores prejudicam empresas americanas.

Leavitt também acusou o Brasil de tolerar o desmatamento ilegal e outras práticas ambientais que colocam produtores americanos em desvantagem. E completou: “O presidente sempre age no melhor interesse do povo americano e dos Estados Unidos da América e continuará fazendo isso”.

Após o anúncio de tarifas de 50% ao Brasil, Lula disse que Donald Trump estava mal informado. “Os EUA não têm déficit comercial com o Brasil, é o Brasil que tem déficit comercial com os EUA. Só pra vocês terem ideia, em 15 anos, entre comércio e serviço, nós temos um déficit de 400 bilhões de dólares com os EUA. Eu que deveria taxar ele”, disse o presidente.

Durante a entrevista à CNN nesta quinta, Lula voltou a repetir que a carta de Trump contém várias alegações falsas.

 

Fonte: CNN

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À CNN, Lula diz que pode ir à OMC ou usar Lei de Reciprocidade após tarifa

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Presidente brasileiro afirmou que não aceitará imposição de taxa de 50% por Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ponderou as possibilidades de resposta ao tarifaço de Donald Trump durante entrevista à CNN nesta quinta-feira (17). O petista não descartou ir à OMC (Organização Mundial do Comércio).

“Se não conseguirmos chegar a um acordo, posso garantir que iremos à Organização Mundial do Comércio ou podemos reunir um grupo de países para responder ou podemos usar a Lei de Reciprocidade que foi aprovada pelo Congresso nacional”, destacou Lula à âncora da CNN Internacional Christiane Amanpour.

“Lamento que dois países que tem uma relação histórica de 201 anos prefiram ficar brigando através de meios judiciais porque um presidente não respeita a soberania do outro”, comentou.

A Lei de Reciprocidade econômica foi assinada pelo presidente brasileiro na segunda-feira (14). Ela estabelece critérios de proporcionalidade para adoção de medidas em resposta a barreiras impostas a produtos e interesses brasileiros.

Assim, o Brasil pode oferecer a cidadãos e governos estrangeiros o mesmo tratamento em questões comerciais e relações econômicas, por exemplo.

Durante a entrevista, Lula afirmou que responderá à tarifa de 50% imposta por Donald Trump no momento certo e que não aceitará nada que for imposto, mas que está disposto a negociar.

“Se o presidente Trump estiver disposto a levar a sério as negociações em andamento entre o Brasil e os EUA, estarei aberto a negociar o que for necessário. Mas o importante é que a relação entre os dois países não pode continuar assim”, comentou.

 

Fonte: CNN

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Lula veta aumento de número de deputados na Câmara

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto de lei que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. O despacho foi publicado, nesta quinta-feira (17), no Diário Oficial da União.

Em mensagem ao Congresso, Lula justificou o veto por contrariedade ao interesse público e por inconstitucionalidade. Os ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Fazenda, do Planejamento e Orçamento e a Advocacia-Geral da União manifestaram-se contrários à medida, citando diversos dispositivos legais, como a Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Ao prever a ampliação do número de parlamentares, a medida acarreta aumento de despesas obrigatórias, sem a completa estimativa de impacto orçamentário, de previsão de fonte orçamentária e de medidas de compensação, onerando não apenas a União, mas também entes federativos (Constituição Federal, art. 27, caput). Ademais, o art. 6º, parágrafo único, do Projeto de Lei Complementar está em dissonância com o art. 131, IV, da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, já que prevê a possibilidade de atualização monetária de despesa pública”, diz a mensagem da Presidência

O texto foi aprovado pelos parlamentares no fim de junho como resposta à uma exigência do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte julgou uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional, atualizada pelo censo demográfico a cada dez anos. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A última atualização foi em 1993.

O STF, então, determinou que o Congresso votasse uma lei para redistribuir a representação de deputados federais em relação à proporção da população brasileira em cada estado e no Distrito Federal. A Constituição determina que nenhuma unidade da Federação tenha menos de oito ou mais de 70 deputados.

Na ocasião, os deputados não quiseram reduzir o número de parlamentares de algumas unidades da Federação seguindo o critério proporcional. Se essa regra fosse seguida, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Alagoas poderiam perder cadeiras.

No lugar, o projeto aprovado na Câmara aumenta o número de vagas para os estados que tenham apresentado crescimento populacional e poderia gerar um custo de R$ 65 milhões por ano com novas estruturas. Outro impacto seria de emendas parlamentares que os novos representantes passam a ter direito de indicar no âmbito do Orçamento da União.

Além disso, com o aumento no número de deputados federais, a quantidade de deputados estaduais também teria alterações, de acordo com a previsão constitucional. As assembleias legislativas devem ter o triplo da representação do estado na Câmara dos Deputados, com uma trava de 36. Com isso, o impacto nos orçamentos estaduais seria de R$ 2 milhões a R$ 22 milhões anuais.

A partir do veto do presidente Lula, os parlamentares terão 30 dias para analisar a medida, podendo manter ou derrubar o veto. Caso seja mantido, a redistribuição das vagas será feita pelo Tribunal Superior Eleitoral, até 1º de outubro, conforme decisão do STF.

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