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Correios têm prejuízo de 780% e implementam plano para reverter déficit

Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Há três anos, o resultado no mesmo período foi de R$1 bilhão de saldo positivo.

A estatal teve um prejuízo de R$2 bilhões entre janeiro e setembro, o pior valor na história da empresa para esse período de tempo.

A empresa corre o risco de ter prejuízo superior ao de 2015, durante o governo Dilma, quando ficou devendo R$2,1 bilhões.

As gestões anteriores conseguiram recuperar a estatal, que atingiu o lucro recorde de R$3,7 bilhões em 2021.

Em 2024, os Correios esperavam ganhar cerca de R$22,7 até o final do ano, porém o valor foi revisado para R$20,1 bilhões.

Corte de gastos

Por conta do cenário de crise, a direção dos Correios está elaborando um plano de corte de gastos ainda em outubro.

O documento com as informações sobre o corte estava em sigilo até o Poder 360 conseguir acesso.

O primeiro ponto abordado no plano envolvia um teto de gastos de R$21,96 bilhões.

A empresa também considera suspender por 120 dias as contratações de funcionários terceirizados.

Mesmo contando com cerca de 84.700 trabalhadores, a estatal precisa de mão de obra extra para a sua operação.

Também está prevista a revisão dos contratos com a empresa, para reduzir o mínimo 10% nos valores acertados.

A renovação de contratos só poderá acontecer com melhores termos para a estatal, que garantam economia.

Gestão atual

O presidente dos correios atualmente é o advogado Fabiano Silva dos Santos, indicado por um grupo de advogados simpáticos a Lula que atuam contra os processos da Lava Jato chamado de Prerrogativas.

Uma série de decisões tomadas pela gestão tem causado grandes custos desnecessários para a empresa.

Em novembro, os Correios desistiram de recorrer em uma ação trabalhista avaliada em R$600 milhões.

O mesmo aconteceu em outro caso que estava em estágio mais avançado avaliado em mais de R$400 milhões.

A empresa também colocou R$7,6 bilhões no fundo de previdência Postalis, cobrindo metade do valor do fundo que não aceita novos participantes desde 2008.

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga um caso sobre uma manobra contábil para jogar o prejuízo nas contas de 2023 para o resultado de 2022.

No caso investigado, a empresa pagou mais de R$1 bilhão em indenizações no ano e transferiu o valor para o balanço da gestão anterior. Assim, o lucro de R$200 milhões de 2022 virou um prejuízo de R$800 milhões.

Por: Brasil Paralelo

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Publicado por
Alexandre Lima