Os servidores da Eletrobras Distribuição Acre paralisaram as atividades por 72h, a partir desta segunda-feira (31). Os trabalhadores pedem reposição salarial e a não privatizações de distribuidoras de energia elétrica. O movimento faz parte do ato nacional em defesa das empresas de distribuição da Eletrobras.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Acre, Mauro Bezerra, entre cerca de 300 profissionais que trabalham para a empresa no estado, apenas aqueles que executam serviços essenciais permanecem trabalhando.
“Nós entendemos que a privatização só traz prejuízos para os trabalhadores e sociedade. Só quem ganha são os empresários. Temos exemplos disso, principalmente na Região Norte, onde a logística é diferente. Se a tarifa já é alta hoje imagina se houver privatização”, afirma.
Outro ponto que os manifestantes querem colocar em discussão é o acordo coletivo de trabalho da categoria. “Nossa data-base é maio, nós estamos entrando em setembro e até hoje não foi colocada a reposição, não foi dado ganho real e não fechamos um acordo coletivo”, diz o sindicalista explicando que com os benefícios, os servidores devem ter um reajuste de aproximadamente 10%.
Bezerra diz que caso os servidores não cheguem a um acordo podem deflagrar greve por tempo indeterminado. Se isso ocorrer será a segunda vez em menos de um ano que a categoria paralisa as atividades, visto que em junho uma greve, que durou 22 dias, já havia sido deflagrada.
Em nota a Eletrobras Distribuição Acre se limitou a dizer apenas que “a operação do sistema de distribuição, as equipes de plantão, e o serviço de Call Center terão funcionamento normal e não serão afetados pela paralisação dos colaboradores”.