Emilio, que é um índio pemon, afirma que está sendo perseguido pelo governo de Nicolás Maduro, do qual é opositor. Ele veio para o Brasil por meio da mata, em rotas clandestinas e deixou a cidade de Santa Elena por volta das 18h de sábado, chegando a Pacaraima por volta das 11h deste domingo.
Emilio González, prefeito da municipalidade de Gran Sabana — Foto: Emily Costa/G1 RR
Segundo o prefeito, há uma ordem de prisão para ele, feita pelos chavistas. Ele afirmou que o município de Santa Elena está “tomado pelos pranes (chefes de facção), pelos sindicatos do governo” e que são “os pranes, sindicatos do crime (grupos que controlam as áreas de garimpo) e militares venezuelanos” que estão matando as pessoas.
“Neste momento estamos passando um momento difícil. Estamos em emergência. O narco governo de Nicolás Maduro está arremetendo contra um povo que necessita de paz e tranquilidade. O único rincão que tínhamos em Venezuela foi tomado por Maduro. Estão atacando. Tem sangue no caminho, nas ruas. Estamos sofrendo, portanto peço ajuda internacional porque estamos passando um momento difícil. Precisamos de ajuda”, disse.
O exército venezuelano e manifestantes voltaram a entrar em confronto na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, em Pacaraima (RR), na tarde deste domingo. Os manifestantes jogaram pedras contra a Guarda Nacional Bolivariana, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. Pouco depois, a Força Nacional do Brasil fez uma barreira de contenção para impedir o avanço dos manifestantes e interromper o confronto.
No sábado, um confronto já havia ocorrido no local depois que uma base do exército da Venezuela foi atacada por manifestantes. Os militares venezuelanos reagiram com bombas de gás lacrimogêneo.