A cidade de Apolo, localizada no interior de La Paz , cerca de 200 km da capital paceña, na Província de Franz Tamayo, continua a praticar uma tradição de justiça comunitária que remonta a séculos
Na pacata cidade de Apolo na Bolívia, na fronteira com o Peru, a tradição de justiça comunitária continua firme como há séculos. Nesta semana, dois homens foram capturados pela própria população e submetidos a uma forma de punição bastante peculiar.
Os acusados de furtos e assaltos à mão armada, com vítima fatal na pacata cidade, foram imobilizados e presos a uma antiga guilhotina de madeira, que há décadas ocupa a praça principal da cidade, a pessoa que não resistiu e veio a óbito, foi velado ao lado dos assassinos. Este ritual serve como um castigo e um aviso para aqueles que se aventuram a cometer assaltos, seguido de crimes na região.
Os dois indivíduos passaram a noite na guilhotina, sob os olhares vigilantes dos moradores locais, que velava o corpo do homem assassinado no assalto, antes dos assassinos serem entregues às autoridades regionais.
Este castigo, embora não letal, é um resquício das práticas de justiça comunitária da cidade de Apolo e reflete a maneira como a cidade lida com a criminalidade, mantendo vivas suas tradições ancestrais.
Cidade Apolo, capital da província Franz Tamayo (antiga Caupolicán), está localizada ao norte do Departamento de La Paz, Bolívia. Apolo se caracteriza principalmente por seus vales arborizados e húmidos, clima agradável, amplitude, salubridade, pastos, arroios e suas riquezas naturais.