“O banco de horas é um direito essencial para nossa categoria, e muitos profissionais dependem desse recurso para complementar sua renda”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Leandro Rocha. Segundo ele, a retirada desse benefício impacta diretamente os trabalhadores e suas famílias, especialmente aqueles que têm crianças com necessidades especiais e contam com esse apoio financeiro. Além disso, nosso setor como um todo precisa desse banco de horas para garantir melhores condições de trabalho e uma remuneração justa”, acrescentou.
A categoria reforça a união em defesa desse direito e se posiciona contra qualquer tentativa de retirada ou redução do banco de horas. “Não se trata de uma questão em debate, mas de um compromisso que deve ser cumprido pelo Estado”, argumenta o presidente do sindicato. Ele alerta que, além do impacto financeiro individual, a perda desse benefício pode comprometer a eficiência do serviço prestado. “Isso desmotiva os profissionais e pode gerar sobrecarga de trabalho na segurança pública”, concluiu Leandro.
Para o deputado Arlenilson Cunha, presidente da comissão, a medida impacta diretamente policiais penais e militares e pode comprometer a segurança pública. “É importante contextualizar que esses policiais já faziam essas horas complementares conhecidas como banco de horas. Havia um parecer favorável lá atrás e a lei não veda, ou seja, a lei não proibia que eles realizassem esse banco de horas”, explicou o parlamentar.
O deputado também destacou preocupação com os impactos da recente decisão que altera o banco de horas dos policiais penais. Segundo ele, a medida afeta tanto a segurança pública quanto a vida pessoal dos agentes, especialmente aqueles que dependem da renda extra para custear terapias e medicamentos de filhos com necessidades especiais. “O efeito já começou a ser sentido, tanto na renda dos policiais quanto na dificuldade de manutenção da segurança nos estabelecimentos penais”, afirmou. Ele ressaltou ainda que a retirada desse direito já gerou dificuldades na escalação de equipes, afetando diretamente a operação de unidades prisionais.
Diante da situação, o parlamentar reforçou o compromisso da Aleac em buscar uma solução junto ao governo estadual. “Nosso papel aqui é mediar, reunir informações e levar as reivindicações para que possamos encontrar um caminho que assegure direitos e garanta a segurança da população”, declarou. Cunha propôs a criação de uma comissão para dialogar com o Executivo e discutir os impactos da decisão. Segundo ele, a retirada do banco de horas pode resultar na redução de quase 50 policiais por dia nas unidades prisionais, comprometendo a segurança do sistema. “Vamos provocar a equipe de governo, reunir os detalhes necessários e buscar uma resposta para essa questão”, concluiu.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac