Comerciantes perdem paciência com a Suframa na fronteira do Acre

Representante de várias instituições estiveram presente na reunião com comerciantes da fronteira – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima

Aconteceu na noite desta quarta-feira, dia 23, uma reunião organizada pela Associação Comercial e Empresarial de Brasiléia e Epitaciolândia – ACEBRA, juntamente com o Sindicato dos Comerciantes de Brasiléia – SINCOBRAS, onde reuniu cerca de 100 comerciantes da fronteira com a Bolívia.

Foi convidado para uma rodada de conversação, representantes do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, Câmara Municipal de Brasiléia e Suframa, faltando apenas o representante da Secretaria da Fazenda do Acre, que sequer enviou uma mensagem sobre sua ausência.

Foto: Alexandre Lima

Segundo o presidente da ACEBRA, Joaquim Lira, “essa reunião foi de suma importância para nós comerciantes que estamos passando por momentos difíceis na fronteira do Acre, pois, estamos sendo prejudicados a anos sem que ninguém tome providencias e quem por isso, e a população”, disse.

Durante a reunião, o representante do Banco do Brasil, falou sobre o que poderá e está sendo feito para ajudar os comerciantes diante de desta crise, ao apresentar o PER Brasil (Programa de Incentivo e Recuperação e Revitalização dos Comercio), que geralmente é oferecido nas áreas que é acometida por calamidade pública através do BNDS com juros de 10,5% ao ano, no caso de Brasiléia.

Todos os casos estão sendo analisados pelas instituições bancarias, sendo que a Caixa aguarda a liberação desse Programa enquanto o Banco do Brasil já está contratando. Todas as dúvidas possíveis foram sanadas diante de perguntas por parte dos comerciantes presente.

O representante da Câmara Municipal de Brasiléia, o vereador Joelso Pontes (PP), que representou o deputado federal Gladson Cameli (PP), onde falou sobre a emenda que será liberada para a construção do shopping popular no valor de R$ 1 milhão de reais.

Representante da SUFRAMA na fronteira, a senhora Luciana do Carmo Araújo, esteve presente na reunião – Foto: Alexandre Lima

Este seria o segundo parlamentar acreano que se compromete na locação de emendas para uma grande construção no Alto Acre, que é o Shopping Popular. Tendo em vista que, a Deputada Perpétua Almeida (PCdoB), veio até o Município para confirmar a locação de R$ 5 milhões de suas emendas para a construção do empreendimento que irá beneficiar cerca de 150 comerciantes.

O ponto alto da reunião, ficou a cargo da representante da SUFRAMA na fronteira, a senhora Luciana do Carmo Araújo, onde foi sabatinada para tentar explicar alguns pontos que estão criando crises na fronteira, como o desabastecimento por parte das distribuidoras que não estão prestando devido serviço que é a ‘chave’ do slogan do Órgão, que é desenvolver as regiões das áreas de livre comércio onde faz parte, Brasiléia e Epitaciolândia.

O primeiro ponto a ser debatido, dar-se-á ao motivo das empresas distribuidoras de Rio Branco (Capital) que usam o incentivo fiscal que seria a isenção de tributos federais, mas não possuem um balcão de atendimento nos municípios.

Também foi indagado, a questão da plena crise do desabastecimento às empresas da Capital o qual gozam desses incentivos, quando somente vem à fronteira para carimbar as notas fiscais e retornam com a mercadoria, não deixando nenhum tipo de benefício para a região.

Além desses, foi discutido quando uma comerciante presente, falou de um fato gravíssimo que vem acontecendo na fronteira do Acre, que as industrias que começaram a estabelecer um cota de carretas fechadas para poder vendar aos comerciantes das duas cidades.

Ficando inviável aos pequenos comerciantes dessa região a comprar, tendo em vista que os da Capital compram em grandes quantidades, fazendo assim com que sejam obrigados fazer com que os da fronteira, não usufruam desse incentivos.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio, Júnior Revollo, disse que “Além do descaso ocorrido em Brasiléia, estará elaborando documentos para encaminhar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), para que tome providências em relação à possíveis formação de ‘carteis’ de empresas que se beneficiam dos incentivos de impostos federais praticando o crime de descaminho e sonegação fiscal, tendo em vista que levam suas mercadoria para fora da área de livre comércio, prejudicando a população e pequenos comerciantes de Brasiléia e Epitaciolândia, ”, finalizou.

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