Por Iryá Rodrigues
Após quase oito meses no Comando Geral da Polícia Militar do Acre (PM-AC), o coronel Ulysses de Araújo deixou o cargo.
O anúncio foi feito pelo próprio coronel por meio de uma carta de despedida, mas a exoneração ainda não saiu no Diário Oficial do estado (DOE).
O coronel solicitou, por meio de um documento enviado no último dia 26 de junho, sua transferência para a reserva remunerada após ter completado mais de 30 anos de serviço. Araújo foi candidato ao governo do Acre pelo PSL nas eleições de 2018.
“Não houve pedido de demissão, apenas completei 30 anos de serviço e requeri meu pedido de reserva por entender que minha missão na Polícia Miliar terminou”, disse o coronel.
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Na carta de despedida, o coronel disse que deixa o comando da PM-AC com o sentimento de dever cumprido tanto para a população como para a corporação. Ele também agradece ao secretário de Segurança Pública, ao governador e vice a oportunidade de comandar a PM.
“São mais de 30 anos de carreira militar, iniciada no Exército aos 17 anos de idade e mais de 28 anos de serviço exclusivamente prestados à PMAC, ou seja, toda a minha vida dedicada a proteger, servir e cuidar do povo acreano, sem jamais me desviar do juramento de sacrifício da própria vida em prol do Estado do Acre”, disse.
Essa é a terceira mudança no comando da PM-AC desde o início da gestão de Gladson Cameli. Em maio de 2019, o governo decidiu tirar o coronel Mário Cezar do comando-geral e nomeou o coronel Ezequiel Bino para seu lugar.
Na época, o governo do Acre afirmou que a saída do coronel Mário César se deu em virtude da reestruturação na Segurança Pública.
Após ficar pouco mais de cinco meses no Comando geral da PM, o coronel Bino entregou o cargo em novembro do ano passado. Ele mesmo anunciou sua saída também por meio de uma carta enviada aos militares do estado.
Mesmo o militar tendo dado a entender que se tratava de uma decisão superior, a porta-voz do governo, Mirla Miranda, afirmou que o coronel entregou o cargo por “decisão própria”.
No dia 13 de novembro, o coronel Ulysses de Araújo assumiu o cargo no lugar de Bino.