O Acre recebeu mais 250 mil doses da vacina trivalente, que protege contra as três principais cepas do vírus influenzaque circulam no país. O envio faz parte da Campanha Nacional de Imunização contra a gripe, organizada pelo Ministério da Saúde, e que segue até este sábado (26).
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), as doses serão distribuída para os municípios, e o objetivo é que a cobertura vacinal chegue a 90% dos grupos prioritários. De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI) no estado, a meta é que 310 mil pessoas sejam imunizadas.
Com 12.032 casos de síndrome gripal registrados no Acre entre janeiro e junho deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) decidiu antecipar a campanha de imunização contra a doença para tentar reduzir o número de casos no início de julho.
A campanha de imunização iria iniciar apenas no dia 13 de setembro e seguiria até 15 de dezembro, com o Dia D em 25 de novembro. Contudo, segundo a Sesacre, o boletim epidemiológico 23/2024 – Síndrome Respiratórias revelou um acréscimo de casos nos seis primeiros meses no estado.
No início da campanha, a prioridade seria de crianças de 6 meses a 5 anos, idosos e trabalhadores da Saúde. Depois, a Sesacre ampliou para gestantes, crianças de até oito anos, puérperas e mães no pós-parto (puérperas).
Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios aponta que metade dos municípios do Acre relataram desabastecimento de vacinas no mês de setembro. O estudo, publicado em setembro, não especificou quais doses e em quais municípios, mas, em todo o país, secretarias citaram, principalmente, a falta de doses contra varicela, covid e meningite.
O índice alcançado pelo Acre, de 50%, ficou acima da média da região Norte, que ficou em 42,9%. Em todo o país, a média foi de 64,7% de municípios com falta de vacinas neste mês.
Ainda segundo a pesquisa, 1.210 municípios têm falta do imunizante contra a varicela, com média de desabastecimento acima de 90 dias. Outros 770 municípios têm falta da vacina contra a covid, com média de 30 dias. A Meningocócica C está em falta em 546 municípios, com média acima de 90 dias.
“Outras vacinas também foram registradas em falta nos Municípios participantes da pesquisa, como: a tetraviral, que combate o sarampo, a caxumba e a rubéola, em 447 Municípios; a hepatite A, em 307 municípios; e a DTP, que combate a difteria, o tétano e a coqueluche, em 288 municípios”, destaca o estudo.