A cidade de Cobija, capital do Estado de Pando (Bolívia) que faz divisa com as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia no lado brasileiro pelo estado do Acre, vem preocupando os moradores acreanos em relação ao casos de infectados que possam aumentar com a liberação das fronteiras nas cidades gêmeas.
Como foi comunicado anteriormente, o governo da Bolívia está preparando nova Portaria que está anunciando a reciprocidade entre as cidades gêmeas que faz divisa com o País, como por exemplo, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Santa Rosa do Purus, permitindo que os moradores possam entrar e sair normalmente, em conformidade com as determinações de ambos os países referente os cuidados contra o covid-19.
A preocupação dos moradores do lado brasileiro, seria a busca desenfreada por alimentos e, principalmente, atendimentos na rede pública de saúde, o que pode causar um colapso nas cidades, por não saberem ainda como será feito até o momento quando chegassem nas fronteiras ao entrar e sair.
As demonstrações negativas para a abertura é maior em relação aos que concordam. Em conversa com um profissional na área de saúde que pediu para não identificar, comentou que falta profissionais no hospital Raimundo Chaar e se houver um aumentos na procura de atendimento por parte de estrangeiros, ficarão em uma situação difícil.
Sabe-se que foi proibido a entrada de estrangeiros em postos e no hospital, podendo os diretores e funcionários, serem responsabilizados e os estrangeiros extraditados sumariamente. Mas, foi lembrado que existem muitos bolivianos que possuem CPF e Carteira de Trabalho desde 2008, quando pediram exílio após a prisão do ex-governador, Leopoldo Fernandez.
O estados de Pando registrou até este sábado, dia 29 de agosto, 2.315 casos, com 154 mortes. Cobija que é a capital com quase 100 mil habitantes, está com 1.365 casos. Se junta ainda, casos de necessidades básica pela falta de alimentos e medicamentos nos comércios e o controle rígido das Forças Armadas pela cidade.
Ainda não se sabe ainda, o que será feito entre os países para que possam entrar e sair após a publicação da nova Portaria. Os municípios estarão preparados juntos com os órgãos de fiscalização sanitárias e polícias? Lembrando que no atual momento, o contrabando teve um aumento significativo entres as cidades de Brasileia, Epitaciolândia e Cobija por portos clandestinos ao longo do rio Acre, sem que sejam incomodados, pelo fato de não haver um contingente de policiais para fazer a fiscalização 24 horas.
A pergunta final seria aos órgãos envolvidos… Estamos preparados?
Veja abaixo a situação de colapso no Peru noticiado pela imprensa.