Com governo Tião, Acre perde quase 4 mil empregos; construção civil foi o vilão

O sindicato dos trabalhadores da construção estima mais de 1.000 a quantidade de operários dispensados somente entre dezembro e janeiro.

Enquanto o governador Tião Viana promete fazer de seu segundo mandato o da geração de empregos no Acre, os primeiros quatro anos do petista podem ser considerados com um dos piores na série histórica na contratação de trabalhadores pelo setor privado. É o que aponta o mais recente balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

De 2011 até 2014, o Acre apresentou uma perda de 3.628 postos com carteira assinadas. É o pior resultado desde 2003, início do segundo mandato de seu irmão, Jorge Viana, no Palácio Rio Branco. Se comparado com a gestão do também petista Binho Marques os resultados são ainda piores; no período de Binho foram abertas quase 3.400 vagas.

Ou seja, nos quatro anos de Tião Viana, o Estado perdeu quase todos os empregos gerados no mandato do antecessor. Em 2014 foram criados apenas 1.060 empregos, o pior resultado do governo Tião, e o terceiro num espaço de 10 anos. Os setores de serviço e comércio puxaram a abertura de empregos ano passado.

Já em dezembro o saldo foi negativo, com queda de 0,82% na contratação de pessoal. A construção civil foi o grande vilão da economia, com mais de 680 demissões, seguido por serviços (-165). Dos municípios com mais de 30 mil habitantes, Sena Madureira registrou o maior desempenho para baixo: -2,32%.

Os dados reiteram o momento difícil da economia acreana. Desde novembro a construção civil vem enfrentando demissões por queda no ritmo de obras. O fator climático (chuvas intensas) é uma das influências, mas não o único. O sindicato dos trabalhadores da construção estima mais de 1.000 a quantidade de operários dispensados somente entre dezembro e janeiro.


Fabio Pontes, da Agência ContilNet

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Publicado por
Alexandre Lima