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Com aumento desde 2020, apreensões de droga chegaram a recorde de 2,4 mil quilos em 2022
Nos primeiros cinco meses de 2023, quantidade já supera todo o ano de 2020. Superintendência da PRF afirma que as apreensões cresceram conforme aumento no efetivo da corporação.

Em 2022, apreensões chegaram ao recorde de 2,4 toneladas no Acre — Foto: Asscom/PRF-AC
Um levantamento da Polícia Rodoviária Federal revelou que, desde 2020 mais de 4,4 mil quilos de drogas foram apreendidos em rodovias federais no Acre. Os dados indicam ainda que o ano de 2022 registrou recorde, com mais de 2,4 mil quilos.
Em 2020, 571 quilos foram apreendidos, entre cocaína, haxixe, maconha e skunk. Em 2021, houve um aumento, e a quantidade subiu para 813,5 kg. No ano passado, o salto foi ainda maior, com o total de 2,4 toneladas, sendo 2 mil kg apenas de cocaína.
Já nos primeiros cinco meses de 2023, foram 638,3 kg apreendidos, superando todo o ano de 2020 e chegando a 26,6% do total de 2022.
“A quantidade de entorpecentes apreendida, no período, demonstra o investimento em tecnologia, capacitação dos servidores e esforço no combate a esse tipo de crime na região de fronteira”, ressaltou Wilse Filho, do núcleo de comunicação da PRF.
Desafio
Durante o Seminário Segurança nas Fronteiras Brasileiras, realizado em Brasiléia, interior do Acre, a superintendente da PRF no Acre, inspetora Liége Vieira, ressaltou o desafio de cobrir toda a extensão das rodovias federais no Acre, e destacou que a quantidade de drogas apreendidas cresceu a partir do momento em que o efetivo da corporação cresceu. Porém, a quantidade de agentes ainda não é a ideal.
“Ela [BR-364] é um desafio, com o maior número de pontos críticos a cada 100 quilômetros. Tem 635 quilômetros, leva em média 15 horas para percorrer. A PRF tem 3 unidades, em Xapuri, em Rio Branco e em Acrelândia, com uma sala cedida pela Sefaz. São 440 quilômetros que nós conseguimos cobrir com o nosso efetivo e a estrutura vigente. São aproximadamente 1.300 quilômetros de rodovias federais, mas ainda não conseguimos escalar para cobrir todo. Seria interessante ter uma unidade da PRF em Assis Brasil, e em Boca do Acre, já no Amazonas, para fazer nossa cobertura total da BR-317. Na BR-364, nós temos planos de ter mais três unidades operacionais, em Sena Madureira, Feijó e Cruzeiro do Sul”, explica.
Confrontos
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-AC, promotor Bernardo Albano, explicou que nos últimos anos houve um aumento expressivo na produção de folha de coca na fronteira com o Brasil, e isso acaba influenciando diretamente nos confrontos entre grupos criminosos por rota de tráfico e, consequentemente, em mortes violentas.
“A gente não tem como descontextualizar de uma certa geopolítica criminal. Nós tivemos nos últimos anos um aumento explosivo de plantação de folha de coca para produção no Peru. Isso, por óbvio, traz uma pressão para o escoamento dessa produção e tem gerado essa pressão de escoamento, de domínio de corredor logístico de entorpecente, portanto, vamos ter sim uma maior disputa entre essas organizações criminosas por essas rotas. Isso tem implicado, realmente, em uma quantidade maior de crimes relacionados a disputa por território de facções”, disse o promotor.
74 pessoas foram mortas de forma violenta no estado entre janeiro e abril deste ano, o que representa um aumento de 19,35% se comparado ao mesmo período de 2022, de acordo com dados levantados pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT), do Ministério Público do Acre (MP-AC), com base em informações oficiais de órgãos públicos. Segundo o Monitor da Violência, projeto do g1 com base em dados repassados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), no ano passado, entre janeiro a abril foram registradas 62 casos.
No ano passado, em janeiro foram registradas nove mortes violentas, em fevereiro 12, em março 22 e abril 19.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Acre (Sejus) informou que está intensificando as ações, com maior integração entre os órgão e instituições do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp). Segundo o secretário, coronel José Américo De Souza Gaia, dessa forma, é possível que as forças atuem na prevenção objetivando diminuir os índices.
“Estamos ampliando os serviços de vídeo monitoramento, estendendo o cerco eletrônico, também para os municípios, aumentando a nossa capacidade de cobertura em todo estado. Com o recebimento do novo efetivo (PM/PC) é possível atender as regionais com atuações de prevenção e repressão dos delitos, como também, que já vem num crescente, aumento nas investigações e elucidações dos crimes. O policiamento está sendo direcionado para atender as demandas conforme os estudos resultantes da estatística e analise criminal, em relatório produzidos pela Sejusp, resultado do compartilhamento de dados fornecidos pelas agências que compõem o sistema”, afirmou o secretário.
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Polícia Civil do Acre cumpre três mandados de prisão por crimes sexuais contra crianças e adolescentes durante operação Caminhos Seguros
Com essas três prisões, a Delegacia de Capturas (DECAV) contabiliza agora 11 mandados de prisão cumpridos desde o início da Operação Caminhos Seguros

Polícia Civil do Acre cumpre três mandados de prisão por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Fotos cedidas. Foto: cedida
Nesta quinta-feira, 15, a Polícia Civil do Acre realizou o Dia ‘D’ da Operação Caminhos Seguros, ação estratégica que visa o combate a crimes sexuais praticados contra crianças e adolescentes. Como resultado, foram cumpridos três mandados de prisão contra indivíduos envolvidos em crimes de estupro de vulnerável, reforçando o compromisso da instituição com a proteção dos grupos mais vulneráveis da sociedade.
O primeiro caso refere-se ao idoso A.V.A., de 75 anos, condenado a 14 anos de prisão por abusar sexualmente da neta de sua companheira, quando a vítima tinha 10 anos de idade. Ele foi preso na manhã de hoje em sua residência, situada na Rua Castanheira, nº 225, bairro Santa Inês, em Rio Branco. O caso foi denunciado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) em julho de 2021, quando a vítima já tinha 20 anos, e investigado por meio do Inquérito Policial nº 551/21 – DEAM.
A segunda prisão ocorreu na Escola de Música do Acre, localizada na Avenida Central, nº 92, Conjunto Tucumã, também na capital. O capturado, E.C., foi condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão por estupro de vulnerável cometido contra sua prima de 9 anos. Os abusos consistiam na prática de atos libidinosos, com introdução de dedo na vagina da criança. Os crimes ocorreram em 2011, foram noticiados em novembro de 2012 e apurados pelo NUCRIA por meio do IPL nº 231/12.
O terceiro mandado foi cumprido em uma propriedade rural no Km 98 da BR-364, no município de Acrelândia, onde foi preso A.C.T., condenado a 12 anos de prisão por estupro de vulnerável. Os crimes foram cometidos contra a sobrinha de sua esposa, de 9 anos, em setembro de 2016, na região do Ramal da Castanheira, em Rio Branco. A investigação foi conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), por meio do Inquérito Policial nº 36/2017.
Com essas três prisões, a Delegacia de Capturas (DECAV) contabiliza agora 11 mandados de prisão cumpridos desde o início da Operação Caminhos Seguros, todos relacionados a crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
A delegada Juliana De Angelis Drachenberg, coordenadora estadual do Programa Bem-Me-Quer e representante institucional de Políticas Públicas de Proteção a Grupos Vulneráveis da Polícia Civil do Acre, destacou a importância da operação:
“Essas prisões representam o compromisso da Polícia Civil em garantir justiça às vítimas de violência sexual, mesmo que os crimes tenham ocorrido anos atrás. Nenhuma denúncia é ignorada. A operação Caminhos Seguros reforça o trabalho integrado das delegacias especializadas e a responsabilidade institucional de proteger nossas crianças e adolescentes, assegurando que os autores desses atos bárbaros sejam punidos na forma da lei”, afirmou a delegada.
A Polícia Civil orienta que vítimas e testemunhas de crimes contra crianças e adolescentes denunciem por meio dos canais oficiais. O sigilo e a proteção das vítimas são garantidos.
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Justiça nega habeas corpus a mulher presa com 7 kg de maconha escondidos em sacos de farinha no Acre
Aluandra Souza continuará detida no presídio Manoel Neri; defesa alegava falta de fundamentação na prisão preventiva
A Justiça do Acre negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Aluandra Souza da Conceição, presa em flagrante no último dia 24 de abril com sete quilos de maconha escondidos em sacos de farinha em Cruzeiro do Sul. A decisão foi tomada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do estado.
A defesa pedia a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, como prisão domiciliar, sob alegação de ausência de fundamentação na decisão judicial. No entanto, o relator do caso entendeu que não houve constrangimento ilegal e que o mérito do pedido ainda será analisado em colegiado. Com isso, Aluandra seguirá presa no presídio Manoel Neri, onde está detida desde a audiência de custódia.
A prisão da suspeita ocorreu após uma investigação conduzida pelo Núcleo Especializado em Investigação Criminal (NEIC) da Polícia Civil de Cruzeiro do Sul. Segundo a polícia, Aluandra vinha sendo monitorada por suspeita de envolvimento em um esquema de tráfico de drogas entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco, utilizando carregamentos de farinha para transportar entorpecentes.
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, os agentes localizaram sete quilos de maconha do tipo “premium”, acondicionados em meio aos sacos de farinha. Ela foi autuada por tráfico de drogas qualificado, com base no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006.
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PF faz operação contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Acre

Foto: Polícia Federal/ Governo Federal/Divulgação
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 15, a Operação Em Família, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso envolvido em tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A investigação teve início após a prisão em flagrante de duas pessoas em Porto Velho (RO), quando transportavam aproximadamente 70 quilos de cocaína.
Com o avanço das diligências, os investigadores identificaram outros integrantes da organização criminosa e um esquema estruturado de transporte de entorpecentes entre os estados do Acre e de Rondônia.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva nas cidades de Cruzeiro do Sul (AC), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Goiânia (GO) e Balneário Camboriú (SC). Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Guajará-Mirim (RO).
A PF informou que os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
A operação recebeu o nome “Em Família” devido aos vínculos de parentesco identificados entre alguns dos suspeitos envolvidos no esquema criminoso.
Com informações da ASCOM PF Rondônia
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