Cecília do Lago e Guilherme Venaglia Da CNN, em São Paulo
O Brasil passou nesta terça-feira (28) a registrar mais mortes decorrentes da COVID-19 do que a China, que foi o epicentro do novo coronavírus.
Segundo o Ministério da Saúde, 474 novas mortes foram confirmadas nas últimas 24 horas, totalizando 5.017 no país. É a maior elevação diária do número de mortes para um único dia, lembrando que esse número diz respeito aos óbitos que foram confirmados no período, independentemente da data em que tenham ocorrido.
De acordo com os números da Organização Mundial da Saúde (OMS), a China registra 4.643 mortes decorrentes da COVID-19. De acordo com a atualização divulgada pelo governo federal, o número de casos no Brasil cresceu 8,1%, chegando a 71.886 (acréscimo de 5.385 casos). Na China, são 84.347 casos.
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Dada a velocidade com que novas mortes são registradas, o Brasil tende a ampliar essa diferença com a China daqui pra frente, mesmo que o país asiático faça mais revisões pra cima do seu número de mortos. O Brasil caminha para ser o 4º epicentro da COVID-19.
Os chineses foram os primeiros a serem afetados pela pandemia causada pelo Sars-Cov-2, um novo tipo de coronavírus, que foi relatado a primeira vez na cidade de Wuhan, na região central do país, a partir de um mercado de animais silvestres. Desde então, o vírus tem se espalhado pelo mundo, desafiando os sistema de saúde, a ciência, os líderes mundiais e a economia global.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 71,8 mil diagnosticados com COVID-19 no Brasil, 5.017 morreram, o que corresponde a 7% dos casos conhecidos. O número de mortes ainda pode ser maior, considerando 1.156 óbitos ainda sem causa conhecida e suspeitos de relação com o novo coronavírus.
Dos demais, 32.544 são considerados recuperados e outros 34.325 seguem em acompanhamento.
No Brasil, segundo os números do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo é aquele que concentra o maior número de casos, com 24.041 registros da doença e 2.049 mortes. Na sequência, em números totais, há 8.504 casos confirmados e 738 mortes no Rio de Janeiro. O Ceará registra 6,9 mil casos e 403 mortes, Pernambuco registra 5,7 mil casos e 508 mortes e o Amazonas registra 4,3 mil casos e 351 mortes.
Proporcionalmente, a maior incidência média está nos estados do Amapá e do Amazonas, que possuem, respectivamente, 1.085 e 1.046 casos a cada um milhão de habitantes. Ceará (758/milhão), Roraima (702/milhão), Pernambuco (599/milhão) e São Paulo (524/milhão) são os demais quatro estados com 500 casos ou mais a cada 1 milhão de habitantes.
AC: 317 casos e 16 óbitos
AL: 777 casos e 36 óbitos
AM: 4.337 casos e 351 óbitos
AP: 918 casos e 28 óbitos
BA: 2.540 casos e 86 óbitos
CE: 6.918 casos e 403 óbitos
DF: 1.213 casos e 28 óbitos
ES: 1.874 casos e 64 óbitos
GO: 661 casos e 27 óbitos
MA: 2.528 casos e 145 óbitos
MG: 1.649 casos e 71 óbitos
MS: 240 casos e 9 óbitos
MT: 261 casos e 11 óbitos
PA: 2.262 casos e 129 óbitos
PB: 633 casos e 53 óbitos
PE: 5.724 casos e 508 óbitos
PI: 408 casos e 21 óbitos
PR: 1.271 casos e 77 óbitos
RJ: 8.504 casos e 738 óbitos
RN: 857 casos e 48 óbitos
RO: 413 casos e 11 óbitos
RR: 425 casos e 6 óbitos
RS: 1.286 casos e 45 óbitos
SC: 1.476 casos e 44 óbitos
SE: 280 casos e11 óbitos
SP: 24.041 casos e 2.049 óbitos
TO: 79 casos e 2 óbitos
Fonte: Ministério da Saúde, notificações até as 14h de 28/04/2020.
Em número de óbitos, os cinco estados a liderarem esse ranking são: São Paulo (2.049), Rio de Janeiro (738), Pernambuco (508), Ceará (403) e Amazonas (351).
Levando em consideração às regiões, o Sudeste tem 50,2% dos casos notificados no Brasil até o momento: são 36.068. Em seguida aparece o Nordeste, com 28,7% e 20.665 casos. Depois vem Norte, com 12,2% e 8.745 casos; Sul, com 5,6% e 4.033 casos; e Centro-Oeste, com 3,3% e 2.375 casos.
O índice estimado de recuperados caiu cerca de 10 pontos percentuais desde 20 de abril. Naquela data, 56,7% dos diagnosticados haviam se curado. Agora, são 45%, segundo dados do boletim do Ministério da Saúde desta terça-feira, que ainda estão sujeitos à revisão.
A pasta informou que, entre os 71.886 diagnosticados, 5.017 morreram (7%) e 34.325 estão em acompanhamento (48%). Também há 1.156 óbitos em investigação para verificar se a causa da morte foi a Covid-19.