Coluna da Maria Coutinho – Dia internacional da mulher

A mulher e seu dia?

Clichês: “todo dia é dia da mulher”, “deveria ter um dia exclusivo para os homens”.

Porque dia da Mulher?

Tempo para reflexões.

Na verdade, é a semana dedicado a reflexão sobre mulher, sua importância na sociedade, seus diferentes papeis, conquistas, reconhecimentos e possibilidades.

Carbonizadas

Em 25 de março de 1911, nos Estados Unidos, 130 operárias escravizadas foram queimadas porque ousaram reivindicar seus direitos.

Exigir a redução…

…da carga horária, melhorias nas condições do serviços e salários justos era considerado ousadia no mundo machista. O “ atrevimento” das tecelãs, lhes custou as vidas. A saga das mulheres por respeito e equidade tem sido dolorosamente longa.             

A mulher e o trabalho.

Somente a partir da Revolução Industrial, a mulher se tornou operária têxtil, mas com um detalhe, tecelãs niveladas ao trabalho infantil.

A esposa, mãe, cuidadora do lar…

…submissa ao homem conquistou espaço na indústria, cumprindo horários exaustivos como mão de obra inferior e barata.

Fortalecimento

Sempre enfrentando dificuldades, ao longo da história da humanidade, as mulheres tiveram papéis importantes. No entanto, comandar sempre foi direito masculino.

Contra a fome, em favor da paz

…foi um movimento das mulheres de soldados, mães e operárias russas. Elas venceram o medo, afrontaram poderes, invadiram ruas exigindo o retorno dos maridos em guerra e comida aos filhos. A coragem dessas mulheres marcou o oito de março de 1917, na Rússia, razão pela qual esse dia é dedicado a mulher.

No Alto Acre.

Majestosamente reverencio as lavradoras, domesticas, lavadeiras, educadoras, artesãs, benzedeiras, indígenas, religiosas, parteiras, políticas, comandantes, enfermeiras, etc. Corajosas revolucionárias que honrosamente nos representam.

Resiliências ampliadas.

A força do exército feminino, criou movimentos sólidos, políticas públicas para mulheres, conselhos, delegacias especializadas. Conquistou o direito ao voto, a voz e ao veto, mas não blindou a mulher contra a agressividade machista.

Os casos de violência contra a mulher…

…ainda é manchete nos meios de comunicação brasileiro. Comuns são as queixas de assedio, moral, sexual, estupros e feminicídio. Tais agressões no universo machista doente, representa a superioridade masculina.

Menos mulheres mortas e mais feminicídio no Brasil, em 2019.

O Brasil apresentou 19% menos mortes de mulheres por crimes dolosos, mas aumentou em 12%, o número de feminicídio.

No Acre e Alagoas.

Assassinato de mulheres é maior no Acre, sete a cada 100 mil mulheres.

Feminicídio no Acre e Alagoas também é maior, 2,5 a cada 100 mil mulheres.

Fonte:

g1.globo.com

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Publicado por
Da Redação