Brasiléia!
Poética iluminação natalina.
A pandemia nos aprisionou subitamente. Tivemos o humor alterado e o comportamento ajustado a situação ameaçadora. Ficamos apavorados ao vermos a morte roubar a presença daqueles que amamos.
O desespero…
…, o desconhecido, a fraqueza, as perdas, a realidade inédita foram gatilhos para as síndromes e distúrbios mentais de muitos.
Elaborar os traumas…
…, equilibrar a psique vivendo isolado, usando máscara, evitando o cheiro, o toque, o beijo tem sido o desafio emergente. A “burca” virou acessório indispensável no século XXI.
É dezembro.
Os dias parecem desacelerados, longos e tensos. Ficamos perdidos e cansados, criamos e recriamos planos até a fadiga mental. Hoje, o desejo de um mundo saudável permanece na expectativa de 2022.
O medo da pandemia…
…no acender das luzes natalina se fez coragem. As bênçãos do Padre Robson, os louvores lindamente cantados por Jorge Luiz Luz e banda, foram sopro de vida e gratidão a Deus, renovação da fé e confiança.
Os faróis natalinos brilharam…
… no centro de Brasiléia, em contagem regressiva. Os discursos foram breves e tranquilos. A felicidade aportou com nomes e rostos nas cores do natal aquecendo a esperança, com beleza.
O cenário…
… lindo e descontraído foi convidativo ao evento. Freneticamente os idosos, adolescentes e crianças se misturavam. Selfs e lives registravam o momento mágico, há muito esperado.
O grupo da terceira idade.
Ali, vi a resposta para a intensidade da vida. Como aprendiz, senti a grandeza da existência. A vida acontecendo num curto espaço de tempo em ondas de sensações fantásticas. Presente estava a fé e a coragem de quem afrontou as aflições vigiando a felicidade.
A lindeza.
Os idosos dançavam e socializavam, agradeciam e floresciam. O sereno sobre os corpos refrescava a pele, enquanto os pares se movimentavam na praça Hugo Poli.
Meu cavalheiro tem 80 anos…
…, aquele senhor me deu a honra da contradança. O momento parecia feito de fogos, serpentinas e muito brilho.
Nada é fácil, mas é possível…
… quando a resiliência quer libertar a alma, liberar o amor, espalhar abraços, aliviar a dor, soltar o corpo, sorrir para vida e, se for para chorar que seja de alegria.