Um relatório do antigo Coaf apontou vinte comunicações de movimentações financeiras suspeitas envolvendo o governador do Acre, Gladson Cameli.
As transações notificadas ultrapassam a marca de R$ 828 milhões, de acordo com o documento.
“São depósitos fracionados em espécie, uso de pessoas interpostas para pagamento de contas pessoais, compra de veículos de luxo subfaturados com cessão de créditos, contratações imobiliárias com uso de laranjas e repasses de empresas fictícias.”
Segundo a PF, um grupo formado por empresários e por agentes públicos aparelhou a estrutura do governo para cometer crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, desviando recursos públicos e ocultando a destinação dos valores.
Em nota, os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, que fazem a defesa do governador Gladson Cameli, informaram que “a investigação é um emaranhado de assuntos desconexos. De um lado, tentam, em vão, criar um vínculo espúrio entre o governador e contratações lícitas realizadas pelo Estado”.
Nota dos advogados de defesa do governador Gladson Cameli enviada à imprensa:
A investigação é um emaranhado de assuntos desconexos. De um lado, tentam, em vão, criar um vínculo espúrio entre o governador e contratações lícitas realizadas pelo Estado.
De outro lado, esmeram-se em levantar suspeitas sobre as finanças do governador. Apenas suspeitas são lançadas, nenhuma imputação de crime é realizada. São apenas ilações desconexas que, com o devido respeito, não poderiam justificar a realização de medidas invasivas como a busca e apreensão e o bloqueio de bens.
Todas as suas movimentações financeiras são lícitas e o seu patrimônio tem origem conhecida, seja no âmbito privado, seja na renda auferida em razão das funções públicas ocupadas.
Em razão disso, a defesa do Governador Gladson Cameli irá apresentar o recurso cabível e confia que a decisão será objeto de revisão. Apesar de discordar veementemente do que consta na investigação, a defesa vem expressar que confia plenamente no Poder Judiciário e nas instituições republicanas.
