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Classes B, C, D e E têm menos acesso a computadores desde a pandemia
Pesquisa TIC Domicílios foi divulgada hoje por centro de estudos
Por Alex Rodrigues
Apesar do avanço das atividades de trabalho e estudo remoto em decorrência da pandemia da covid-19, a proporção de residências brasileiras das classes B, C e D/E com computadores caiu entre 2019 e 2021.

Segundo a pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios brasileiros (TIC Domicílios) 2021, divulgada hoje (21) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), enquanto o percentual de residências da classe A com computadores aumentou de 95% para 99% no período, entre as classes D/E a proporção caiu de 14% para 10%, voltando à marca de 2015.
Na classe B, a proporção baixou de 85% para 83%. Já na classe C, o percentual foi de 44% para 41%. Em ambos os segmentos, o resultado de 2019 é o pior aferido pelo centro de pesquisas do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) desde 2015.
A pesquisa TIC Domicílios também aponta que a quantidade de internautas aumentou 7% entre 2019 e 2021, passando de 74% para 81% dos entrevistados, aumento associado à popularização dos smartphones não só no Brasil, mas em todo o mundo.
Conforme o coordenador da pesquisa, Fábio Storino, um menor número de computadores é indício de um “uso menos diversificado” da rede mundial de computadores e um “menor desenvolvimento de habilidades digitais”.
Uso de computadores
“Quando perguntamos sobre o uso de computadores, estamos falando de computadores de mesa e portáteis. Os aparelhos celulares, embora sejam quase computadores de bolso, proporcionam um uso mais limitado, que não desenvolve nos usuários o mesmo tipo de habilidades digitais de múltiplos dispositivos”, disse Storino. Ele destacou que a proporção de usuários que acessam a rede mundial de computadores exclusivamente por telefones celulares passou de 58%, em 2019, para 64% da população, em 2021.
De acordo com o coordenador, o resultado dos dados coletados presencialmente entre outubro de 2021 e março de 2022 são comparados aos de 2019, e não aos de 2020, quando, devido à pandemia, o Cetic.br teve que adaptar o método de coleta, entrevistando um número menor de participantes que foram ouvidos exclusivamente por telefone – o que aumentou a margem de erros em comparação aos levantamentos de outros anos.
Média
Na média nacional, a proporção de domicílios com computadores ficou relativamente estável na comparação com 2019. Tanto em 2019, quanto em 2021, 39% das residências contavam com ao menos um computador. No entanto, de acordo com Storino, “por trás desta média, é possível observar algumas desigualdades”.
Enquanto 42% dos entrevistados da área urbana possuem um computador, na área rural este percentual não passa dos 20%. Nas regiões Norte (29%) e Nordeste (27%), a proporção é bastante inferior às das regiões Sudeste (46%); Sul (46%) e Centro-Oeste (41%).
“E quando olhamos por classe social, as diferenças ficam bastante pronunciadas. Enquanto os computadores estão disponíveis em praticamente todos os domicílios da classe A [99%] e em grande parte dos de classe B [83%], na classe C eles estão presentes em [41%], menos da metade [das classes A e B] e em apenas 10% dos domicílios das classes D/E.” Segundo o coordenador da pesquisa, enquanto nas residências das classes A e D/E os indicadores se mantém praticamente inalterados entre 2015 e 2019, nas classes B e C houve uma redução.
A pesquisa também apontou que, no Brasil, a quantidade de internautas aumentou 7% entre 2019 e 2021, passando de 74% para 81% dos entrevistados.
A TIC Domicílios é considerada a principal fonte de estatísticas públicas sobre o uso da internet no Brasil. Segundo o coordenador do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), José Gontijo, os dados sobre a conectividade nos domicílios e sobre o uso da internet pelos cidadãos é uma importante ferramenta para a elaboração de políticas públicas para promover a expansão da internet e a adoção de tecnologias digitais”.
Edição: Maria Claudia
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Acre registra 110 mortes no trânsito em 2025, com Rio Branco concentrando 45% dos óbitos
Dados da Polícia Civil mostram que número já representa 81,48% do total de 2024; colisões lideram causas com 68,18% dos casos

Os números detalhados pela plataforma oficial da Polícia Civil fornecem um panorama completo sobre onde, quando e como as vidas foram perdidas. Foto: arquivo
O Acre registrou 110 mortes em acidentes de trânsito entre janeiro e novembro de 2025, número que já corresponde a 81,48% do total de óbitos ocorridos em todo o ano de 2024, quando foram contabilizadas 135 fatalidades. Os dados, divulgados pela Polícia Civil do Acre, revelam um cenário preocupante sobre a violência viária no estado.
A capital, Rio Branco, concentra quase metade das mortes: foram 49 óbitos, o que representa 44,5% do total. Em seguida aparecem Cruzeiro do Sul (10) e Tarauacá (8). Outros municípios com números significativos são Sena Madureira (6), Acrelândia (5), Brasiléia (5), Porto Acre (5), Senador Guiomard (5), Xapuri (5), Epitaciolândia (4), já Manoel Urbano com (2), os municípios de Assis Brasil, Capixaba, Feijó, Mâncio Lima, Plácido de Castro, Santa Rosa do Purus, todos com (1).
O tipo de acidente mais fatal foi a colisão, responsável por 75 mortes (68,18%), seguida por atropelamentos (19 óbitos, 17,27%). A maioria das vítimas é do sexo masculino – 89 homenscontra 21 mulheres.
Quanto à distribuição temporal, junho foi o mês mais letal em 2025, com 18 mortes, seguido por setembro (16) e agosto (13). Na semana, a quinta-feira registrou o maior número de fatalidades (9), seguida pela quarta-feira (6).
Os números reforçam a urgência de políticas públicas de segurança viária e campanhas de prevenção, especialmente nas vias urbanas e rodovias onde os acidentes têm sido mais frequentes e letais.
Distribuição por município
- Rio Branco: 49 mortes (44,5%)
- Cruzeiro do Sul: 10
- Tarauacá: 8
- Sena Madureira, Acrelândia, Brasiléia, Porto Acre, Senador Guiomard, Xapuri: 5-6 cada
Perfil dos acidentes
- Colisão: 75 casos (68,18%)
- Atropelamento: 19 casos (17,27%)
- Queda de ocupante: 10 casos (9,09%)
- Capotamento: 6 casos (5,45%)
Vítimas
- Homens: 89 óbitos
- Mulheres: 21 óbitos
Distribuição temporal
- Mês mais letal: Junho (18 mortes)
- Dia mais perigoso: Quintas-feiras (9 ocorrências)
Os números acendem alerta sobre a necessidade de políticas mais efetivas de segurança viária no estado, especialmente na capital, que concentra quase metade das mortes. A proximidade com o total de 2024 antes mesmo do fim do ano indica tendência preocupante que exige intervenções urgentes.

A capital, Rio Branco, é o município com o maior número de fatalidades em 2025, registrando 49 vítimas e concentrando 44,5% do total acumulado. Foto: captada
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Governo do Acre beneficia mais de 600 extrativistas com pagamento do subsídio da borracha e do murumuru em 2025
Atualmente, 1.200 produtores estão cadastrados, e o governo já realizou pagamentos referentes à safra de 2024 para mais de 600 extrativistas das regionais do Baixo e Alto Acre e Purus, totalizando quase R$ 800 mil

Centenas de famílias serão beneficiadas. Foto: Pedro Devani/Secom
O governo do Acre escreveu um novo capítulo na valorização dos extrativistas ao realizar o pagamento do subsídio, uma espécie de ajuda financeira, aos produtores de borracha e de murumuru. Pela primeira vez, os recursos estão sendo depositados diretamente na conta bancária dos produtores, garantindo mais rapidez, segurança e dignidade aos trabalhadores da floresta.
A iniciativa foi implementada em 2025 pela Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), em parceria com o Banco do Brasil, seguindo determinação do governador Gladson Camelí. O processo também conta com apoio do Programa REM-KfW.
O subsídio funciona como um complemento de renda pago pelo governo do Acre ao produtor, de acordo com o volume de borracha e de murumuru vendido às cooperativas. O objetivo é fortalecer a economia das famílias extrativistas e incentivar a continuidade da cadeia produtiva.
Atualmente, 1.200 produtores estão cadastrados, e o governo já realizou pagamentos referentes à safra de 2024 para mais de 600 extrativistas das regionais do Baixo e Alto Acre e Purus, totalizando quase R$ 800 mil. A expectativa é que, até o dia 27 de dezembro deste ano, os produtores do Juruá também recebam seus pagamentos.
A projeção da Seagri é encerrar o ano com um desembolso de pouco mais de R$ 1 milhão, beneficiando centenas de famílias, conforme o volume de produção comprovado nas notas fiscais emitidas pelas cooperativas e validadas pelos escritórios locais da secretaria.

Produtoras de murumuru da Região do Juruá. Foto: Pedro Devani/Secom
Para o secretário de Agricultura, Luís Tchê, o novo modelo representa mais dignidade às famílias extrativistas. “O governo está conseguindo, pela primeira vez, realizar o pagamento do subsídio de forma totalmente direta, simples e eficiente. Essa mudança representa um avanço aguardado há décadas pelos extrativistas acreanos”, afirmou.
O chefe da Divisão de Remuneração por Serviços Ambientais da Seagri, Wally Araújo, reforça como os produtores podem acessar o benefício. “Para receber o subsídio da borracha e do murumuru, os produtores devem comparecer ao escritório da Seagri mais próximo de sua residência e apresentar as notas fiscais emitidas pela cooperativa que comprou a produção, além dos documentos pessoais. Lembrando que só serão recebidas as notas fiscais da safra 2025”, explicou.

Técnicos da agricultura em atendimento aos produtores no escritório da Seagri no interior do estado. Foto: cedida
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Campanha “Feito no Acre” é lançada para valorizar a produção local
O Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, a Federação das Indústrias do Acre (FIEAC), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC), o Governo do Estado por meio da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (SEICT) e o Sebrae/AC realizaram nesta sexta-feira, 12, o lançamento oficial da campanha “Feito no Acre – Com orgulho e qualidade”, um movimento que marca uma nova etapa na valorização da produção acreana.
O evento foi realizado no auditório da FIEAC e reuniu lideranças do setor produtivo, representantes do governo e diversas instituições parceiras. A campanha nasce com o propósito de fortalecer a identidade dos produtos acreanos, estimular o consumo local e reforçar o sentimento de pertencimento.
O presidente do Fórum Empresarial do Acre e da FAEAC, Assuero Veronez, destacou a essência da iniciativa. “O principal objetivo da campanha é valorizar aquilo que é produzido no Acre. O nome ‘Feito no Acre’ traduz exatamente essa proposta de mostrar à população que nossa economia é capaz de gerar uma grande variedade de produtos, todos genuinamente acreanos. Estamos realizando essa campanha, lançada pelo Fórum Empresarial e apoiada pelas Federações, Governo e Sebrae, para fortalecer a economia, os nossos empresários e empreendedores”, ressaltou.
Ao longo da solenidade, os participantes ressaltaram que o Acre possui uma produção muito mais diversificada e qualificada do que grande parte da população imagina. As ações previstas terão duração de 18 meses e incluem comunicação contínua, presença na mídia, atividades educativas e aproximação direta entre indústrias, empreendedores e consumidores.
Responsável pela apresentação oficial da campanha, o presidente da FIEAC e deputado federal, Zé Adriano, reforçou o papel estratégico da campanha. “Há muito tempo a sociedade nos cobra um estado mais desenvolvido, e nós mostramos diariamente que somos capazes de produzir com muita qualidade. Cada produto feito aqui representa emprego, oportunidade e transformação. Se o acreano quer ajudar o Acre, precisa valorizar o que é nosso. Essa campanha vem justamente para ampliar essa visibilidade e fortalecer nossos industriários, empreendedores e produtores rurais”, pontuou.
A solenidade também marcou a assinatura do Memorando de Intenções entre as instituições realizadoras. O documento formaliza a cooperação entre os parceiros, estabelecendo diretrizes conjuntas para o desenvolvimento das ações da campanha e para a promoção e valorização dos produtos acreanos.
O público também conferiu uma exposição de produtos locais no hall do auditório, reforçando a diversidade e qualidade da produção acreana. Durante o evento, foi apresentado o novo selo “Feito no Acre”, que identificará oficialmente os produtos fabricados no estado.
Representando o Governo do Estado, o secretário da SEICT, Assurbanipal Mesquita, ressaltou o compromisso da gestão com o fortalecimento da economia local. “O governo do Acre tem trabalhado para garantir um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico. Essa campanha aproxima a população dos produtos locais e incentiva o consumo do que é produzido aqui. Ao optar por um produto acreano, o cidadão fortalece a economia, gera empregos e valoriza quem produz com qualidade”, explicou o secretário.
O diretor técnico do Sebrae no Acre, Kleber Campos, também destacou a relevância do selo. “O ‘Feito no Acre’ vai dinamizar a economia ao destacar a qualidade dos produtos locais e aproximar os consumidores do que é produzido no estado. Para o Sebrae, é um orgulho participar dessa ação, especialmente por estarmos lado a lado com micro e pequenos empreendedores que movem a economia acreana”, assinalou.
Fonte: Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre








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