Cinco pessoas foram condenadas pela Justiça Federal por envolvimento em um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que gerou um prejuízo superior a R$ 15 milhões aos cofres públicos. Entre os condenados estão quatro irmãos e um investigador da Polícia Civil de Roraima. As penas aplicadas variam de 8 a 211 anos de prisão.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os criminosos utilizaram documentos forjados e identidades falsas para obter de forma ilegal dezenas de Benefícios de Prestação Continuada (BPC), voltados a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social. Um dos réus chegou a ser responsabilizado por fraudes em 84 benefícios distintos.
As investigações apontaram que os próprios membros do grupo realizavam os saques dos valores, tendo sido identificados por meio de imagens de câmeras de segurança em caixas eletrônicos. Em uma das fases da operação, a Polícia Federal apreendeu cartões de benefícios, documentos falsificados e R$ 296 mil em espécie.
Além das penas de reclusão, os réus foram condenados a pagar uma indenização correspondente ao valor total do prejuízo causado ao INSS. Apesar de terem o direito de recorrer em liberdade, o MPF já apresentou recurso pedindo o aumento das penas impostas.
A Justiça Federal destacou a gravidade do caso, que se estendeu por mais de dez anos e envolveu uma organização estruturada para desviar recursos públicos destinados à população mais vulnerável.