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Cientistas descobrem suplemento que pode prevenir a perda de audição associada à idade

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Surdez está associada à diminuição de colesterol no ouvido interno, e fitoesteróis poderiam resolver esse problema, sugere estud

Um grupo de cientistas da Argentina descobriu potenciais benefícios do uso de suplementos de substâncias chamadas fitoesteróis na perda auditiva associada à idade.

Em um artigo publicado na revista científica Plos Biology, nesta quinta-feira (24), o time de pesquisadores detalha como ocorre a perda auditiva. Eles identificaram que ela está associada a uma diminuição do colesterol no ouvido interno.

Células sensoriais no ouvido interno chamadas células ciliadas externas (OHCs) amplificam sons ao mudar seu comprimento.

À medida que envelhecemos, essas células perdem a capacidade de se esticar em resposta ao som, impedindo sua amplificação e levando à perda auditiva relacionada à idade.

Como o colesterol desempenha um papel importante na resposta ao estiramento e porque foi demonstrada recentemente a diminuição do colesterol cerebral com a idade, os pesquisadores levantaram a hipótese de que a perda auditiva poderia estar relacionada à perda de colesterol nas OHCs.

Fitoesteróis aparecem no estudo como potencial tratamento da perda auditiva
Freepik

A partir dessa descoberta, o grupo foi atrás de formas de substituir o colesterol perdido em testes realizados em camundongos.

Os cientistas tentaram aumentar a disponibilidade de colesterol no cérebro, mas constataram insucesso. Então, decidiram usar compostos semelhantes, os fitoesteróis.

Os fitoesteróis são substâncias naturais encontradas em plantas que se assemelham ao colesterol, mas têm propriedades diferentes. Eles podem ser encontrados em alimentos, como frutas, vegetais, nozes e sementes, mas também em suplementos de venda livre.

Eles concluíram que “dar aos ratos suplementos de fitoesteróis pode melhorar parcialmente esses problemas [de audição]”.

“Nossas descobertas são muito promissoras, pois fornecem a primeira evidência de que os fitoesteróis podem ser uma maneira de prevenir ou tratar a perda de audição relacionada à idade”, escreveram no artigo.

Novos estudos precisam ser conduzidos em humanos para confirmar ou descartar benefícios desses suplementos no tratamento da surdez, salientam os pesquisadores.

 

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Ocupação urbana desordenada pode ter agravado situação do RS

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Em cenários de crise, é comum a busca por causas e responsabilidades. A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, que provocaram a morte de quase 150 pessoas até agora, têm levantado diferentes reflexões. Trata-se de um evento natural excepcional, impossível de prever e evitar? Ou há um grau considerável de responsabilidade humana pela forma de ocupação do território, desenvolvimento urbano e uso do solo?

A Agência Brasil conversou com especialistas em recursos hídricos, que pesquisam áreas como geologia, agronomia, engenharia civil e ambiental. Há consenso de que se trata de um evento extremo, sem precedentes, potencializado pelas mudanças climáticas no planeta. Mas quando o assunto é o papel desempenhado pelas atividades econômicas e a ocupação do território, surgem as discordâncias.

Ocupação e desenvolvimento urbano

O geólogo Rualdo Menegat, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é crítico em relação às políticas de planejamento urbano e econômico no estado. O caso de Porto Alegre, para ele, é o mais emblemático de que há uma desorganização generalizada do território, causado por um conjunto de atividades econômicas. Por isso, defende que não se pode falar apenas em grande precipitação como causadora da tragédia, mas também de problemas graves de gestão que a potencializaram.

“Os planos diretores da cidade foram desestruturados para facilitar a especulação imobiliária. No caso de Porto Alegre, por exemplo, toda a área central que hoje está inundada no porto, foi oferecida para ser privatizada e ocupada por espigões. Houve um sucateamento do nosso sistema de proteção, como se nunca mais fosse haver inundações”, diz Rualdo.

O desmatamento de vegetação nativa para fins imobiliários também é considerado fator que dificulta o escoamento de água da chuva.

“Há uma ocupação intensiva do solo. Em Porto Alegre, em especial na margem do Guaíba, na zona sul, ainda temos um ecossistema mais perto do que foi no passado, com estrutura de zonas de banhado, matas e morros. Mas essas áreas estão sob pressão da especulação imobiliária. E por causa das políticas de uso intensivo do solo urbano, essas áreas estão sendo expostas, em detrimento da conservação dos últimos estoques ambientais, que ajudam a regular as vazões da água”, analisa Rualdo.

O professor de recursos hídricos da Coppe/UFRJ, Paulo Canedo, pondera que ainda é preciso analisar a situação com mais calma. Mas reforça que o desenvolvimento econômico e social, quando não acompanhado de medidas estruturais e preventivas, facilita inundações.

“Nós temos a convicção de que a chuva foi realmente extraordinária. Mas é claro que o progresso da região trouxe dificuldades de escoamento. Isso é a contrapartida do progresso. Criam-se as cidades, as atividades econômicas, novas moradias. Mas tem o ônus de impermeabilizar o solo e gerar mais vazão para a chuva”, avalia Paulo Canedo. “Muitas atividades econômicas podem ter sido desenvolvidas de forma não sustentável. Não criaram condições para lidar com esse aumento de impermeabilização. Isso é algo que devemos ter em mente quando formos reconstruir o Rio Grande do Sul”.

Agricultura

Outro ponto em discussão é se o investimento em determinadas atividades agrícolas, com consequentes alterações da vegetação nativa, ajudaram a fragilizar os solos e o processo de escoamento da água. Para o geólogo Rualdo Menegat, esse foi um dos elementos que aumentou o impacto das chuvas no estado.

“Grande parte do planalto meridional tem sido intensamente ocupada pelas plantações de soja no limite dos arroios, destruindo a mata auxiliar e os bosques. E também os banhados, que acumulam água e ajudam que ela não ganhe velocidade. O escoamento de água passa a ser muito mais violento e em maior quantidade, porque não há tempo para infiltração”, diz Rualdo.

O agrônomo Fernando Setembrino Meirelles discorda do peso dado à agricultura nas inundações recentes. Ele é professor de recursos hídricos na UFRGS e foi diretor do Departamento de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul entre 2015 e 2019. Meirelles defende que as atividades agrícolas não foram um fator de importância para a tragédia, que deve ser explicada pela magnitude das chuvas.

“Tivemos muitos deslizamentos em áreas de matas, que já estavam consolidadas. Na região mais alta e preservada do estado, temos milhares de cicatrizes de escorregamento. O solo derreteu, simplesmente perdeu capacidade de suporte por causa da chuva muito intensa. Na região do Vale do Taquari, a gente vê pilhas de árvores que foram arrancadas. Então, a relação da agricultura com esse evento é zero. Ela não é o motor dessa cheia”, diz Fernando Meirelles.

Doutor em recursos hídricos, o engenheiro civil e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), Jaime Federici Gomes, entende que, apesar do papel importante que a vegetação desempenha no escoamento de água, não acredita que as intervenções agrícolas tenham tido influência nas inundações.

“Os tipos de vegetação que estão no solo têm influência em uma das fases do ciclo hidrológico, que é a interceptação de água pelas raízes. Grandes plantas são um reservatório e jogam parte dessa água para atmosfera. As copas das árvores também podem interceptar a água antes de ela chegar ao solo. Mas dada a magnitude das chuvas, eu não sei como regiões mais florestadas poderiam ter diminuído o volume de escoamento. Em um evento desse, com muita água, pode não ter tido quase influência”, diz Jaime.

Sistemas de contenção

Depois de um histórico de enchentes no século 20, a cidade de Porto Alegre desenvolveu uma série de recursos estruturais para impedir enchentes. Nesse ponto, não há divergências: ficou claro que o sistema de contenção de águas apresentou falhas agora.

“Os sistemas de proteção foram projetados na década de 1970, por causa das cheias de 1941 e de 1967. Ele foi o mais economicamente viável. Tecnicamente é bastante adequado e eficiente. Em Porto Alegre, tem também vários diques compatíveis com a cheia de 1941. Mas, desta vez, na hora de fechar as comportas, quando a água ficou acima de quatro metros, elas começaram a vazar, tiveram problemas de vedação e acabaram abrindo. E as casas de bombas, que drenam as águas dentro da cidade, devem ter falhado”, analisa o engenheiro Jaime Federici.

“Os sistemas de proteção falharam aqui em Porto Alegre por falta de manutenção. Ele não foi superado pela água, já que ela entrou por baixo. Agora em outros sistemas, como os das cidades de São Leopoldo e de Canoas, houve uma passagem da água por cima deles. Ou seja, os critérios de projeto que foram utilizados considerando o passado, agora não têm mais validade. Eventos estão mostrando que, por causa das mudanças climáticas, devemos considerar outras métricas e estatísticas”, complementa o professor Fernando Meirelles.

Para Rualdo Menegat, a negligência política ajudou a enfraquecer a capacidade estrutural do estado de lidar com fenômenos climáticos mais intensos.

“Nas cidades e nos campos, a infraestrutura de energia elétrica, de água e de proteção contra as inundações estão sendo sucateadas nos últimos três governos estaduais. A companhia de energia elétrica e de abastecimento de água foram privatizadas. A Secretaria de Meio Ambiente foi incorporada a outra e assumiu papel secundário. O estado não desenvolveu capacidade de inteligência estratégica para diminuir os riscos e nos tornamos mais vulneráveis”, diz Rualdo.

Conhecimento e prevenção

Quando se fala em prevenção e redução de danos, os especialistas entendem que é possível ao menos minimizar as consequências dos fenômenos climáticos com treinamento adequado de profissionais e da população.

“Não temos uma Defesa Civil eficiente. O que vimos foi que ela está desestruturada, com dificuldades, mal aparelhada, sucateada. E sem mecanismos de alerta. Além disso, temos uma população que, por não haver programas estratégicos para ela, tem problemas de acesso às informações de prevenção”, diz Rualdo.

“As defesas civis de alguns municípios, principalmente desses que foram afetados, têm uma ou duas pessoas. Poucos têm uma Defesa Civil consolidada. E a população precisa de treinamento para saber se defender”, diz Jaime Federici.

“Mas, economicamente, não vejo soluções definitivas para esse tipo de evento. Vamos imaginar o exemplo do Japão, que lida com furacões, terremotos e maremotos, e tem toda uma estrutura para conviver com esses eventos extremos. Isso é algo que temos que começar a estabelecer na cultura. Precisamos aprender a nos defender, lidar com essas situações e, aos poucos, fazer as adaptações estruturais”.

Fonte: EBC GERAL

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RS: quase 80 mil pessoas estão em abrigos; mortes chegam a 149

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RS: quase 80 mil pessoas estão em abrigos
Agência Brasil

RS: quase 80 mil pessoas estão em abrigos

O número de pessoas em abrigos no Rio Grande do Sul por causa das cheias das últimas semanas aumentou nesta terça-feira (14), após uma nova inundação no Rio Guaíba, em Porto Alegre. Na manhã de hoje, eram 76.884 alojados nos abrigos do estado, e no final da tarde o número passou para 79.494. Mais uma morte foi confirmada, passando para 149 no total e 124 pessoas continuam desaparecidas.

O total de desalojados pelas enchentes chega a 538.245 pessoas. Dos 497 municípios do estado, 446 foram afetados, o que corresponde a 89,7% do total. E segundo aestimativa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), mais de 100 mil casas foram destruídas .

Na manhã dessa terça-feira (15), o nível do Guaíba, que banha a capital e região metropolitana, subiu e atingiu a marca de 5,21 metros – 2,21 metros a mais que a chamada cota de inundação, que é de 3 metros. O recorde histórico, 5,33 metros, foi registrado na semana passada.

Canoas

A cidade de Canoas (RS), na região metropolitana de Porto Alegre, reúne menos de 3,2% da população do Rio Grande do Sul. Segundo o Censo de 2022 , são 347.657 canoenses frente a 10.882.965 gaúchos. Ainda assim, a cidade, a terceira mais populosa do estado, responde por quase 27% do total de pessoas desabrigadas pelas consequências das chuvas que atingem o estado.

A informação está disponível em uma plataforma que o governo do Rio Grande do Sul disponibilizou nesta terça-feira (14), na internet. E dá uma noção do desafio que Canoas e outros municípios atingidos pelos efeitos adversos das recentes chuvas (enchentes, alagamentos, enxurradas, deslizamentos, desmoronamentos etc.) enfrentam.

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Fonte: Nacional

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Será que é alergia a maquiagem? Veja sinais e evite reações

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Será que é alergia a maquiagem? Veja sinais e evite reações
Rafael Badra

Será que é alergia a maquiagem? Veja sinais e evite reações

Não dá para negar que, atualmente, a maquiagem se tornou um elemento essencial na rotina de beleza de muitas pessoas, independentemente do gênero. Tanto que dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) apontam que o Brasil ocupa a 2ª posição entre os países que mais lançam produtos na área, estando em 4ª lugar entre as nações que mais consomem produtos de beleza no mundo. Só que, com tantas opções, é importante ficar alerta quanto a alergias.

Isso porque o uso inadequado de produtos de maquiagem pode levar a uma série de problemas dermatológicos, que vão desde irritações leves até reações alérgicas graves. Ingredientes comuns em cosméticos, como parabenos, fragrâncias e corantes, têm sido associados a uma variedade de efeitos adversos na pele, destacando a importância de entender quais são os produtos que aplicamos em nosso rosto diariamente.

Segundo a alergologista Natasha R. Ferraroni , atual presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), existe um grupo de pessoas mais suscetíveis a desenvolverem reações alérgicas à maquiagem: aquelas com a pele seca e que sofrem de dermatite atópica ou outras dermatites. “Como a pele não está íntegra, ela acaba absorvendo mais daquele item, que pode ser identificado como alérgeno pelo nosso sistema imunológico, causando sintomas de alergias”, explica a médica.

E, sim, existe um local do corpo mais suscetível a este tipo de problema: o rosto, justamente por ser uma área constantemente exposta ao sol. Sabidamente, destaca a médica, a luz ultravioleta altera os componentes químicos dos produtos. Estes, por sua vez, ao terem sua estrutura química alterada, podem tornar-se um causador de alergia.

Com tantas questões, uma das principais medidas é fazer uma higiene adequada antes de ir dormir, retirando qualquer resquício de produto da pele. “A remoção de maquiagem deve ser feita com água morna, usando algodão em bolas e não do tipo pads, que arranham a epiderme. Além disso, o ideal é usar produtos adequados e indicados pelo dermatologista, que não causem alergia”, alerta.

No Brasil, não existe uma legislação vigente que determine quais são os produtos hipoalergênicos, ou seja, que têm menor chance de causar alergia no consumidor. Existe apenas um parecer técnico da ANVISA (Agência Nacional de Saúde Suplementar) ressaltando que “os produtos que se utilizarem desta menção em sua rotulagem deverão apresentar obrigatoriamente, por ocasião do pedido de registro na GGCOS/Anvisa, testes clínicos de sensibilização cutânea e fotoalergia, de acordo com metodologia reconhecida, que atestem a baixa incidência de reações adversas de sensibilização e fotoalergia.”

E AGORA?

Se você passou um produto que provocou reação alérgica, a primeira providência é suspender o uso dele, procurando um especialista na sequência. Conforme a alergologista, o principal erro de muitos pacientes é suspender e, depois, reintroduzir o item novamente em sua rotina de beleza, para fazer o ‘seu próprio teste de alergia’.

“Quem deve fazer a testagem específica para determinar qual foi o componente que causou o problema naquela pele será o especialista em alergia”, alerta Natasha. “Com a resposta em mãos, esse paciente poderá ler os rótulos e prevenir alergias a outros produtos no futuro”, explica.

O teste de contato no consultório, conhecido como Patch Test, é importante porque, destaca a médica, a mesma substância alergênica pode estar presente em vários produtos. “Muitas vezes, o conservante do protetor solar também é usado no desodorante do paciente, e ele pode até não apresentar sintomas naquele momento, mas logo esse quadro vai evoluir se a pessoa for realmente alérgica”, diz.

Por fim, Natasha R. Ferraroni dá uma dica importantíssima: ficar de olho na data de validade de todos os produtos que você está usando. “Anote a data de abertura na embalagem usando uma canetinha. De forma geral, esses itens podem ser usados por até seis meses após abertos”, aconselha.

*Dra. Natasha R. Ferraroni é presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) DF (2023-2024)

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Fonte: Nacional

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