Cientista que contesta mudança climática provocada pelo homem chega ao Acre na quinta

Ele vai ministra o seminário “Desenvolvimento Regional e Visão de Futuro”

TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

O gabinete do senador Márcio Bittar (MDB-AC), em parceria com o Governo do Estado, promoverá em Rio Branco, na próxima quinta-feira (28), no auditório da Assembleia Legislativa, centro da Capital, a partir das 10 horas,  o seminário “Desenvolvimento Regional e Visão de Futuro”. O mesmo seminário também será apresentado na Uninorte e no Sebrae, no dia seguinte.

O principal palestrante do seminário será o cientista Luiz Carlos Baldicero Mollion, PhD em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin, USA (1975), pós-doutor em Hidrologia de Florestas pelo Instituto de  Hidrologia, Inglaterra (1983), e acadêmico do Instituto de Estudos Avançados de Berlin (Wissenschaftskolleg), Alemanha, desde 1989

Em resumo, o pesquisador deverá dizer, no coração da Amazônia, que as mudanças climáticas que vêm ocorrendo no planeta nada têm a ver com a ação do homem e que a Terra passa por esses fenômenos por ser ciclorítimica – ou seja, vive de ciclos. Luiz Carlos faz parte de um grupo de cientistas internacionais apontados como céticos – ou seja, não acreditam que os fenômenos naturais que ocorrerem ao redor do planeta sejam praticados a partir da ação do homem.

O cientista é pesquisador aposentado do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT), onde foi diretor de Ciências Espaciais e Atmosféricas, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas e professor colaborador da Pós-graduação em Clima e Ambiente, da Universidade de Évora, em Portugal.

Além disso, foi representante da América do Sul na Comissão de Climatologia da OMM de 1997-2010 e, dentre outras premiações, condecorado pela  Câmara Federal com a Medalha Júlio Redecker em 2013 por serviços prestados à Nação. Atualmente, se dedica a consultorias e a proferir palestras sobre Variabilidade e Mudanças Climáticas, Diagnóstico e Prognósticos Climáticos, Energias Renováveis, Dessalinização de Água e Desenvolvimento Regional.

No mês passado, no Vaticano, enquanto cientistas como o climatologista brasileiro Carlos Nobre alertavam para a ameaça de extinção da “Amazônia e seus habitantes”, em um encontro com a imprensa durante o Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, Luiz Carlos fazia parte de outro grupo de cientistas que pregavam ao contrário, o chamado “negacionismo climático” – ou seja,  grupos de pessoas que não acreditam que o aquecimento global seja causado pela ação humana.

O senador Márcio Bittar disse que Luiz Carlos Baldicero Mollion é um cientista conhecido no Brasil inteiro e respeitado no mundo e faz parte de um grupo de cientistas que acreditam que as mudanças climáticas ocorrem na Terra “desde que o mundo é mundo”. “São cientistas que entendem que o homem muda apenas o microclima, o clima de uma cidade, de uma região onde tira as árvores todas, colocando cimento, enfim, aumentando a temperatura. Mas se este mesmo homem desfizer aquilo, voltar a plantar, volta o clima anterior. Portanto, ele faz parte de um grupo de cientistas que se se perguntar a eles se existe mudanças climáticas, mudanças de temperatura, eles vão responder que sim. Mas não provocadas pelo homem. São mudanças que existem desde que a Terra existe”, disse Bittar.

De acordo com o senador, além de ser expoente desta corrente de cientistas, Luiz Carlos é um cientista cuja palestra é uma oportunidade de se contestar, num Estado que foi governado por 20 anos por uma visão extremamente identificada com a outra versão da ciência, “aquela ideia de que uma fogueira na Amazônia vai alterar o clima no planeta”. “Aqueles governos de 20 anos, que defendiam esta ideia, não cuidou da questão ambiental urbana e que tem a questão ambiental como um dogma e uma religião, têm agora a oportunidade de ouvirem outra pessoa e outra versão da historia”, acrescentou o senador, ao se referir aos cinco governos consecutivos do PT no Estado.

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