Atoleiro próximo a Assis Brasil revela falhas na manutenção e levanta críticas ao DNIT pela lentidão nas obras
A manhã desta quarta-feira, 30 de julho, foi marcada por mais um capítulo do descaso com a infraestrutura da Estrada do Pacífico, no Acre. Um trecho próximo à cidade de Assis Brasil, a cerca de 10 km da área urbana, tornou-se praticamente intransitável após a chuva expor um atoleiro que quase fez tombar uma carreta carregada, gerando longas filas de veículos, entre caminhões, ônibus e carros de passeio.
A situação revela um cenário preocupante: a rodovia, que deveria funcionar como um corredor estratégico de integração com o Peru e a Ásia, sofre com promessas não cumpridas e ações paliativas por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela manutenção da BR-317.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram a gravidade do problema. Caminhoneiros e motoristas tiveram que aguardar horas para seguir viagem, enquanto o barro jogado na tentativa improvisada de cobrir o buraco que separava trechos do asfalto deteriorado se transformou em uma barreira para poder continuar a viagem. “Se com apenas uma chuva ficou assim, imagina quando chegar o inverno?”, desabafou um internauta ao compartilhar as imagens.
Embora o DNIT tenha anunciado frentes de trabalho para recuperar os 110 quilômetros mais críticos da rodovia, os serviços têm avançado lentamente e com recursos limitados, de acordo com relatos de moradores e usuários da estrada. A frustração cresce entre os que dependem da via, vista como peça-chave para o escoamento de produção e estímulo ao comércio internacional.
Enquanto isso, o progresso permanece atolado no barro, à espera de uma solução concreta para tirar do papel a promessa de desenvolvimento pela Estrada do Pacífico.