Chegada do corpo de piloto boliviano em Cobija emociona família e populares

O filho mais velho de 14 anos, ladeado pela mãe (de ôculos), o avô e as tias, na casa onde está sendo velado o corpo de seu pai, na cidade de Cobija (Bolívia).

Alexandre Lima, de Cobija (Bolívia)

Era por volta das 12h40 (horário Acre) desta sexta-feira, dia 2, quando os familiares, amigos e populares da cidade de Cobija, capital do estado de Pando (Bolívia), avistaram o avião militar que trazia os corpos do piloto Miguel Quiroga Muramaki e do co-piloto que morreram no dia 29 de novembro, além da equipe da Chapecoense e jornalistas.

Várias autoridades como o governador de Pando, Adolfo Flores, juntamente com o prefeito, Gatty Ribeiro, se juntaram com centenas de populares que foram ao aeroporto Capitão Aníbal Arab, para recepcionar e prestar homenagens ao piloto que era natural de Cobija, casado Daniele Pinto de Quiroga, deixou três filhos.

Momento da chegada do caixão trazido por um avião da Força Aérea Boliviana (FAB) – Foto: Alexandre Lima

O corpo do co-piloto continuou a viagem para Santa Cruz, onde seria entregue aos familiares, enquanto um veículo dos bombeiros, conduziu o caixão de Miguel em cortejo fúnebre com pompas militares, até a casa de seu pai, o empresário Alberto Pinto Molina, que esperava com a mãe, esposa, irmãos e filhos, além de parentes e amigos.

Em alguns momentos, foi preciso a intervenção de médico para ajudar a mãe do piloto que ficou sob forte emoção ao ver o caixão. Segundo familiares, o cortejo sairá rumo ao cemitério da cidade, pela parte da manhã, por volta das 09h00. Uma programação militar estaria sendo feita, uma vez que o piloto era militar de carreira.

Em momento de tranquilidade, o pai conversou com a imprensa e falou da tentativa de tentarem jogar toda a culpa sobre seu filho. “Meu filho tinha formação em Oxford (Inglaterra), vários treinamentos e qualificações, foi uma fatalidade o que aconteceu e peço desculpas pelo acontecido”, comentou.

‘Mick’, como era chamado por quem o conhecia e tinha sua amizade, não terá tempo para acompanhar o crescimento do seu filho mais novo, de apenas quatro meses. “Temos visto muitos comentários que tem nos machucado ainda mais, também estamos sofrendo. Foi um sonho que acabou e uma família que está despedaçada”, disse um amigo no funeral.

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Alexandre Lima