Alexandre Lima, de Cobija (Bolívia)
Era por volta das 12h40 (horário Acre) desta sexta-feira, dia 2, quando os familiares, amigos e populares da cidade de Cobija, capital do estado de Pando (Bolívia), avistaram o avião militar que trazia os corpos do piloto Miguel Quiroga Muramaki e do co-piloto que morreram no dia 29 de novembro, além da equipe da Chapecoense e jornalistas.
Várias autoridades como o governador de Pando, Adolfo Flores, juntamente com o prefeito, Gatty Ribeiro, se juntaram com centenas de populares que foram ao aeroporto Capitão Aníbal Arab, para recepcionar e prestar homenagens ao piloto que era natural de Cobija, casado Daniele Pinto de Quiroga, deixou três filhos.
O corpo do co-piloto continuou a viagem para Santa Cruz, onde seria entregue aos familiares, enquanto um veículo dos bombeiros, conduziu o caixão de Miguel em cortejo fúnebre com pompas militares, até a casa de seu pai, o empresário Alberto Pinto Molina, que esperava com a mãe, esposa, irmãos e filhos, além de parentes e amigos.
Em alguns momentos, foi preciso a intervenção de médico para ajudar a mãe do piloto que ficou sob forte emoção ao ver o caixão. Segundo familiares, o cortejo sairá rumo ao cemitério da cidade, pela parte da manhã, por volta das 09h00. Uma programação militar estaria sendo feita, uma vez que o piloto era militar de carreira.
Em momento de tranquilidade, o pai conversou com a imprensa e falou da tentativa de tentarem jogar toda a culpa sobre seu filho. “Meu filho tinha formação em Oxford (Inglaterra), vários treinamentos e qualificações, foi uma fatalidade o que aconteceu e peço desculpas pelo acontecido”, comentou.
‘Mick’, como era chamado por quem o conhecia e tinha sua amizade, não terá tempo para acompanhar o crescimento do seu filho mais novo, de apenas quatro meses. “Temos visto muitos comentários que tem nos machucado ainda mais, também estamos sofrendo. Foi um sonho que acabou e uma família que está despedaçada”, disse um amigo no funeral.