Casos de dengue no Acre diminuíram quase 80% em 2022; vacina para doença já está em teste

Há mais de 50 anos, pesquisadores tentam encontrar uma forma mais eficaz de proteção contra a doença

Dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado esta semana mostram que o Acre teve, até a primeira semana de novembro, 3.007 casos de dengue. O número representa uma incidência de 331 casos para cada 100 mil habitantes.

O total de casos deste ano apresenta uma redução significativa de mais de 10.800 casos em comparação ao ano passado, já que em 2021, no mesmo período, o total de casos já era 13.822, representando incidência de 1,524,2%.

Cuidados

O ContilNet apurou que apesar da diferença entre um ano e outro, com a chegada do período chuvoso no Acre, é preciso reforçar as medidas de prevenção para conter o avanço da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

O acúmulo de água parada favorece a reprodução e contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, para a maior disseminação da doença.

Sintomas

A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Vacina

No dia 4 de novembro, o Hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre, iniciou os testes de vacina contra a dengue. Os estudos contam com 700 voluntários e devem durar até janeiro de 2023.

A vacina está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantã com parceria de 16 centros de pesquisa no Brasil, mas os testes acontecem apenas no RS. A vacina testada tem tecnologia que usa os quatro tipos de vírus da dengue que circulam no país.

Atualmente, existe apenas uma vacina contra a dengue disponível no mundo que é restrita a quem já teve a doença. Os voluntários do novo estudo serão acompanhados por um ano.

Há mais de 50 anos, pesquisadores tentam encontrar uma forma mais eficaz de proteção contra a doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Esta é a última etapa da pesquisa. Se for aprovada, a expectativa é que vacina comece a ser aplicada a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2024.

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