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Caso Gedeon: Justiça decide que executores do ex-prefeito irão a júri popular

Três dos cinco réus foram impronunciados; decisão foi proferida quatro anos após o crime que chocou o Acre

O juiz Fábio Farias, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, decidiu que João da Silva Cavalcante Júnior, conhecido como Joãozinho, e Sairo Gonçalves Petronílio irão a júri popular pelo assassinato do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros, morto a tiros em maio de 2021.

A sentença de pronúncia foi publicada cerca de quatro anos e seis meses após o crime, considerado um dos de maior repercussão no estado. Segundo a decisão, as provas colhidas durante a instrução judicial apontam o envolvimento direto da dupla na execução de Gedeon.

Outros três denunciados — Leomar de Jesus Mariano (Mazinho), Carmélio da Silva Bezerra (Veio) e Weverton Monteiro de Oliveira (Bolacha) — foram impronunciados por falta de provas. O magistrado destacou que a principal base da acusação contra eles era a colaboração premiada de Joãozinho, mas o depoimento não foi corroborado por outros elementos de prova e perdeu força após o colaborador optar pelo silêncio em juízo.

Dois outros envolvidos no processo, Antônio Severino de Souza (Pirata), assassinado na Bolívia em setembro deste ano, e Clebson Rodrigues Nascimento (Poloco), morto em circunstâncias não esclarecidas, tiveram a punibilidade extinta.

O ex-prefeito Gedeon Barros foi executado na manhã de 20 de maio de 2021, enquanto falava ao telefone dentro do próprio carro, no estacionamento da Suframa, no Segundo Distrito de Rio Branco.

Em dezembro de 2023, a Polícia Civil prendeu sete suspeitos, entre mandantes, intermediários e executores do homicídio. A decisão judicial que envia Joãozinho e Sairo a júri popular ainda cabe recurso.

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Publicado por
Alexandre Lima