Com Diogo José
Maurício Barroso Braga, foi preso temporariamente no último domingo (10), sob a suspeita de envolvimento no caso de violência sexual contra a esposa. A decisão foi tomada pelo Ministério Público do Acre (MPAC) que acompanha o processo judicial em segredo de justiça para preservar a vítima.
O crime ocorreu no dia 31 de agosto, na zona rural de Feijó, quando Neuma Braga foi atacada na própria residência. Conforme relato feito pela vítima em redes sociais, ela foi surpreendida enquanto dormia, agredida fisicamente e violentada sexualmente.
Segundo ela, a brutalidade do ataque a deixou inconsciente, sendo supostamente encontrada mais tarde pelo marido. No relato, a vítima detalha a violência que sofreu e a dificuldade emocional que persiste desde o ocorrido.
Inicialmente, um adolescente de 13 anos havia sido identificado como suspeito do ataque. Ele foi ouvido pela polícia no início de setembro e o caso foi encaminhado ao Ministério Público e ao Judiciário. No entanto, as investigações prosseguiram, levando agora à prisão temporária de Maurício Barroso Braga como novo suspeito.
Em relação ao adolescente, a Polícia Civil ainda não divulgou se novas medidas foram tomadas, mantendo os detalhes sob sigilo. Segundo o delegado Marcilio Laurentino em resposta disse que a prisão do marido de Neuma é temporária, com prazo de 15 dias, enquanto a investigação segue.
“É uma determinação do Ministério Público. Estamos ouvindo pessoas e encaminharemos ao Judiciário. Não podemos nos pronunciar além disso devido ao segredo de justiça”, afirma o delegado.
O caso, que pode se configurar como um episódio de estupro marital, quando um dos cônjuges obriga ou coage o parceiro a manter relações sexuais contra a vontade, reforça o debate sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em situações de violência dentro de relações íntimas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, no Brasil, 33,4% das mulheres com 16 anos ou mais já foram vítimas de violência física ou sexual provocada por parceiro íntimo ao longo da vida. Destas, 24% afirmaram ter sofrido agressões físicas como tapa, batida, e chute; e 21,1% foram forçadas a manter relações sexuais contra sua vontade.