A comunidade de Feijó clama por medidas eficazes para conter a onda de furtos e por uma revisão no sistema de atendimento policial, visando respostas mais rápidas e eficientes às emergências locais. Foto: cedida
Na madrugada deste sábado (22), a Casa Lotérica Contamigos, localizada em Feijó, foi alvo de mais um furto, marcando o terceiro dia consecutivo de invasões a estabelecimentos comerciais no município. O incidente agrava a preocupação com a escalada da criminalidade na região.
Por volta das 3h43, um indivíduo, aparentemente dependente químico, quebrou as portas de vidro da lotérica e acessou o interior do estabelecimento. As câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito chegou de bicicleta, forçou a entrada e vasculhou os caixas em busca de dinheiro, sem sucesso. Toda a ação durou menos de dois minutos.
Os proprietários da Casa Lotérica, Claudiane Lopes e Clemilton Silveira, já haviam sido vítimas de furto anteriormente nesta semana. Na quarta-feira (19), outro meliante invadiu a Papelaria dos mesmos donos, entrando pelo assoalho. A repetição dos crimes tem gerado indignação e medo entre os moradores e comerciantes locais.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente após o incidente, mas a resposta demorou cerca de 40 minutos. O atraso ocorre porque as ligações para os números 190 e 193, originadas em qualquer município do Acre, são inicialmente recebidas no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) em Rio Branco, para só então serem repassadas às unidades locais.
A centralização do atendimento emergencial, implementada com o objetivo de padronizar e ampliar os serviços de segurança pública no estado, tem gerado críticas por parte dos moradores do interior, que enfrentam demoras significativas no atendimento às ocorrências. A comunidade de Feijó clama por medidas eficazes para conter a onda de furtos e por uma revisão no sistema de atendimento policial, visando respostas mais rápidas e eficientes às emergências locais.
Enquanto isso, os comerciantes e moradores seguem apreensivos, temendo novos ataques e cobrando ações concretas das autoridades para garantir a segurança na região. A situação em Feijó reflete um desafio maior no estado, que precisa equilibrar a modernização dos sistemas de segurança com a agilidade necessária para atender às demandas das comunidades do interior.