Na madrugada desta terça-feira (19), por volta de 1h30, a residência de um policial militar em Brasiléia foi alvo de um atentado criminoso. Dois indivíduos em uma motocicleta, possivelmente do modelo Kyngo, lançaram um artefato incendiário, conhecido como “coquetel molotov”, contra a área externa da casa. O ataque resultou em danos à motocicleta do irmão do policial, que estava estacionada no local, e representou um grave risco à integridade da família.
De acordo com o artigo 250 do Código Penal Brasileiro (crime de incêndio), o ato de provocar incêndio em local habitado ou de convívio humano, expondo a vida, integridade física ou patrimônio de outrem ao perigo, pode levar a uma pena de reclusão de três a seis anos, além de multa. Dependendo das circunstâncias, o crime pode ser qualificado como tentativa de homicídio, nos termos do artigo 121 combinado com o artigo 14, inciso II, do Código Penal.
A esposa do policial relatou que acordou assustada com o barulho e, ao verificar o que havia ocorrido, encontrou as chamas atingindo o teto da área externa. Ela conseguiu controlar o fogo antes que ele se espalhasse para o interior da residência. O policial, que estava de serviço no momento do ataque, realizou buscas pela cidade na tentativa de localizar os autores, mas não obteve sucesso.
Indivíduos passando momento antes de causar o incêndio
O caso está sendo tratado como atentado à segurança pública, considerando que o policial militar é agente do Estado. De acordo com o artigo 359 do Código Penal, atentados contra agentes públicos podem ser qualificados como crimes contra a administração pública, agravando a punição dos envolvidos.
Indivíduos passando após ocasionar o incêndio
As investigações estão sob a responsabilidade da Polícia Civil, que busca identificar os autores do ataque. A corporação também estuda a possibilidade de conexão com ações de represália contra a atuação policial na região.
O comando da Polícia Militar reafirmou o compromisso com a segurança dos agentes e suas famílias, garantindo que o caso será tratado com prioridade. Informações que possam auxiliar na identificação dos suspeitos podem ser encaminhadas de forma anônima pelo telefone 190.