As únicas duas viaturas disponíveis para as Polícias Militar e Civil do município de Porto Walter, distante 574 km de Rio Branco, estariam paradas há quase sete meses por falta de manutenção. Segundo denúncia de agentes que preferem não ser idenficados, a caminhonete da PM estaria sem assistência desde outubro e o carro da Civil desde dezembro de 2015.
A denúncia diz ainda que as ocorrências são atendidas com motocicletas e os presos levados a pé até o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), posto policial da cidade, interditado em junho do ano passado pelo Ministério Público Estadual do Acre (MP-AC) por falta de estrutura adequada. Conforme a Polícia Civil, o posto foi reinaugurado dois meses após a decisão do MP-AC.
O comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM), responsável pela região do Vale do Juruá, major Lázaro Moura, disse ao G1 que tem conhecimento do problema com a caminhonete utilizada pelos agentes. Ele afirma que espera a liberação de recursos para consertar o veículo.
A Polícia Civil informou que o veículo não foi consertado devido a um problema de licitação, mas que até o final do mês o problema deve ser resolvido.
“Todos os setores estão passando por um momento difícil. Estamos aguardando recursos para que possamos estar consertando. Não temos carro, mas temos duas motos, não deixamos de prestar assistência lá”, afirma o major Moura.
O único carro disponível à PM, estaria com problemas mecânicos desde outubro de 2015 e está estacionado na garagem da casa de um morador local. “O problema é no kit e cilindro da embreagem. Em tese são problemas fáceis de resolver, mas até agora não tivemos resposta. As motos que usamos são velhas. Fica ruim quando tem ocorrência longe e precisa conduzir as pessoas para a delegacia”, detalha.
Problema semelhante enfrentam os agentes da Polícia Civil. A viatura disponível estaria desde dezembro estacionada em frente ao posto policial também com problemas mecânicos. “São vários problemas no carro, disseram que está sendo enviado outro para cá. Estamos aguardando”, lamenta o agente.