Cotidiano
Campeão no JEB’s, acreano de 14 anos vai integrar natação do Corinthians em São Paulo
Após destaque nacional, Pedro Henrique Ramirez vai se mudar para SP e integrar equipe de natação do clube paulista, além de receber bolsa educacional integral e outros benefícios
Por Kelton Pinho – ge
Após conquistar o ouro na prova de 50m borboleta com tempo de 26s99, o quinto melhor tempo do país, segundo a Federação Aquática do Estado do Acre (Faea), Pedro Henrique ganhou destaque nacional e chamou atenção do Corinthians.
O cinegrafista Wendel Silva, pai do nadador acreano, conta que técnicos do Corinthians entraram em contato e abriram a possibilidade de incorporar Pedro Henrique no clube paulista.
A família de Pedro Henrique e os dirigentes do clube paulista entraram em um acordo e a ida do atleta acreano foi sacramentada. De acordo com Wendel Silva, o Pedro Henrique deve viajar para São Paulo entre os dias 20 ou 22 de janeiro.
O acordo firmado com o Corinthians inclui uma bolsa educacional integral, transporte e a estrutura do próprio clube para treinamentos. Pedro Henrique vai morar ao lado da mãe dele, a bióloga aposentada Maria do Carmo Ramirez, que ficará responsável pela moradia.
– Muito orgulhoso, muito mesmo. Eu acompanhei essa trajetória desde o começo (…) É um filho maravilhoso, estudioso, é um filho que todo mundo queria ter. Pensa em um garoto sensacional – afirma Wendel Silva.
Pedro Henrique já havia sido convidado pelo Corinthians em outras oportunidades após participação em eventos nacionais. A ida do atleta, no entanto, não havia se concretizado por falta de acordo entre ambas as partes.
Com objetivo de arrecadar recursos para emitir as passagens aéreas para São Paulo, a família do atleta abriu uma campanha online para receber doações. Os interessados em ajudar podem entrar em contato pelo número: (68) 99228-6525 (Wendel Silva).
Pedro Henrique Ramirez teve o primeiro contato com a piscina quando tinha apenas seis meses por iniciativa da família.
Aos sete anos, o acreano começou a disputar competições pela Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Rio Branco, e chamou a atenção do técnico Hélio Guimarães logo que conquistou as primeiras medalhas.
Desde então, Pedro Henrique passou a treinar no clube acreano, disputar competições frequentemente e colecionar medalhas. Ele soma inúmeras conquistas em eventos estaduais, regionais e até internacionais.
Pedro Henrique competiu na categoria Infantil II em 2023, e a partir de 2024 passa a integrar a categoria Juvenil I.
Comentários
Cotidiano
Anitta abre álbum de fotos em terreiro de candomblé e anuncia clipe de música: ‘
Cotidiano
Programa Saúde Itinerante em Neuropediatria leva atendimento a crianças do Alto Acre
Juliana Siqueira, moradora de Brasileia e mãe de Alice Silva, 4 anos, expressou a importância desse acompanhamento especializado para sua filha e relatou como percebeu que a criança precisava de atendimento.
Luana Lima
O neurodesenvolvimento infantil é considerado um parâmetro fundamental na observação da saúde física, mental, cognitiva e adaptativa, para que uma criança reaja aprimorada em situações que exijam habilidade social, pedagógica e afetiva. Para acompanhar o desenvolvimento infantil, o Hospital Regional do Alto Acre sediou, neste fim de semana, 10 e 11, a segunda edição do programa Saúde Itinerante Especializado Multidisciplinar em Neuropediatria de 2024.
________________
Promovido pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), em colaboração com as secretarias municipais de saúde de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri, o evento teve como objetivo atender às necessidades de saúde infantil da região.
________________
Para atender às demandas dessa população e diminuir a fila de espera no Sistema de Regulação Estadual com interface municipal, o programa contou com uma equipe multidisciplinar composta por especialistas em neuropediatria, pediatria, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional e serviço social, contando com o apoio multiprofissional também dos municípios. A abordagem visa proporcionar cuidados de saúde integral às crianças que necessitam de atenção especializada, garantindo retorno dos atendimentos.
Ao longo do evento, foram realizados 422 atendimentos, beneficiando 119 crianças. Esses atendimentos incluíram 63 consultas de retorno e 56 de primeira vez, além de serviços de enfermagem, psicologia, fonoaudiologia, nutrição e terapia ocupacional.
Juliana Siqueira, moradora de Brasileia e mãe de Alice Silva, 4 anos, expressou a importância desse acompanhamento especializado para sua filha e relatou como percebeu que a criança precisava de atendimento. “Alice passou por uma bateria de exames recomendados pelo médico, e hoje estamos aqui para discutir os resultados e receber um diagnóstico. Durante nossa visita, ela foi examinada pelo neuropediatra e fiz consulta com uma neuropsicóloga, que já compilou seus testes em um relatório. De acordo com ela, Alice provavelmente tem TDAH [transtorno do déficit de atenção com hiperatividade] e autismo. Apesar dessas condições, Alice é uma criança notavelmente inteligente e até começou a frequentar a escola este ano”, explicou Juliana.
Como professora, Juliana começou a notar certos comportamentos peculiares de Alice, em sua interação com o ambiente desde cedo. “Ela começou a andar um pouco mais tarde que outras crianças, por volta de 1 ano e 4 meses, e sua comunicação verbal também teve um início tardio. Ela raramente pedia algo diretamente; em vez disso, eu precisava adivinhar suas necessidades. Observamos, além disso, que ela tem uma tendência a organizar meticulosamente seus brinquedos. Ao pesquisar e conversar com outras mães de crianças atípicas, percebi que esses sinais não eram típicos do desenvolvimento infantil. Foi então que decidi procurar ajuda médica e solicitei o encaminhamento no posto de saúde”, completou.
Além dos atendimentos presenciais, o programa também ofereceu encaminhamentos para exames especializados e consultas em telemedicina, garantindo um acompanhamento completo e individualizado para cada criança atendida.
Segundo o fisioterapeuta João Paulo Lima, a iniciativa do programa Saúde Itinerante é essencial para levar atendimento às comunidades que não têm acesso aos serviços de saúde. “A sobrecarga nos atendimentos na capital pode ser diminuída por meio dessa descentralização. A parceria com os municípios, assumindo junto essa responsabilidade, ajuda a proporcionar qualidade de atendimento para todos. É crucial também que os pais compreendam sua responsabilidade no desenvolvimento dos filhos. Oferecemos oficinas para orientar e fornecer recursos, como materiais recicláveis, para estimular o desenvolvimento infantil”, asseverou.
Ruth Bezerra, terapeuta ocupacional, destacou a diferença significativa que faz para as famílias não precisarem se deslocar até a capital em busca de atendimento especializado. “Trazer os profissionais até o município faz toda a diferença para as famílias. Evita o cansaço e o transtorno de viajar até a capital, permitindo que as crianças recebam atendimento no mesmo dia. Isso é crucial, já que, na capital, seria necessário mais tempo para completar os mesmos procedimentos, podendo levar até dois ou três dias. Além disso, a avaliação das crianças é mais precisa, já que não há o estresse do deslocamento até a capital”, explanou.