Coluna Radar da Veja
A Câmara dos Deputados, composta por 513 parlamentares, encerra o ano com despesas que se aproximam de R$ 6 bilhões, na ponta do lápis o gasto foi de R$ 5,98 bilhões. Esse montante representa 75,55% do orçamento previsto para 2024. A estrutura da Casa inclui 9.669 secretários parlamentares, 2.659 servidores efetivos e uma folha de aposentados que abrange 3.293 servidores e 389 ex-parlamentares.
A magnitude desses números suscita um debate necessário sobre a eficiência e a transparência na gestão dos recursos públicos.
Em um país onde o salário mínimo foi recentemente aprovado pelo Congresso Nacional para 2025 no valor de R$ 1.502, os gastos elevados do Legislativo contrastam com a realidade econômica da maioria dos brasileiros.
Além disso, a distribuição desses recursos merece atenção. Relatórios indicam que, no primeiro semestre de 2024, a Câmara acumulou boa parte das despesas relacionadas à cota parlamentar, com destaque para partidos específicos que lideraram esses gastos.
Essa concentração levanta questionamentos sobre a equidade e a justificativa dessas despesas.
É imperativo que a Câmara dos Deputados adote medidas de austeridade e promova uma gestão mais transparente e responsável dos recursos públicos. A sociedade brasileira, que financia essas despesas por meio de impostos, merece uma prestação de contas clara e um compromisso real com a eficiência no uso do dinheiro público.
Com um orçamento de quase R$ 6 bilhões, a Câmara dos Deputados encerra 2024 com altos gastos em pessoal e verbas parlamentares, gerando questionamentos sobre eficiência e transparência.