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Câmara Criminal mantém decisão que leva réu acusado de homicídio a júri popular

Italo Souza de Araújo é apontado como participante do assassinato de Elviskley Farias, morto por ordem do “tribunal do crime” em Rio Branco

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre manteve, por unanimidade, a sentença de pronúncia que leva o detento Italo Souza de Araújo a júri popular, acusado de participar do assassinato de Elviskley Farias Pereira e de integrar uma organização criminosa.

A decisão inicial havia sido proferida pelo juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar. A defesa de Italo recorreu, pedindo a anulação da pronúncia sob o argumento de que não existem indícios que comprovem a participação do acusado nos crimes.

O relator do caso, desembargador Samoel Evangelista, negou o recurso e manteve a decisão do magistrado de primeira instância. Segundo o relator, o conjunto de provas presente nos autos comprova a materialidade dos crimes e apresenta elementos que indicam a ligação de Italo aos fatos. O voto foi acompanhado pelos demais desembargadores da Câmara.

De acordo com a denúncia, Elviskley Farias foi atraído para uma emboscada por meio de um perfil falso de uma mulher nas redes sociais. Ao chegar ao local combinado, foi rendido por criminosos, levado até a margem do Rio Acre e teve a morte decretada pelo chamado “tribunal do crime”.

O corpo da vítima foi encontrado no dia 13 de setembro de 2023, com as mãos e os pés amarrados, nas águas do Rio Acre.

Na semana passada, outros dois envolvidos no caso — Edson de Souza Machado, conhecido como “Béreu”, e Jhon Detlives Monte Ribeiro — foram condenados a 26 anos e 10 meses, e 32 anos e 6 meses de prisão, respectivamente, por participação direta na execução.

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Assessoria