Os votos ficaram divididos. Coronel Ulysses, Eduardo Velloso, Roberto Duarte e Zezinho Barbary se posicionaram a favor da urgência. Socorro Neri e José Adriano votaram contra. Antônia Lúcia se absteve. Meire Serafim não compareceu.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (10) o Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O texto foi aprovado por 291 votos a favor e 148 contrae agora segue para análise do Senado Federal.
O projeto beneficia réus e condenados envolvidos nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes ao reduzir o tempo de cumprimento de pena e flexibilizar regras de progressão de regime. Entre as principais mudanças está a fixação de percentuais mínimos para a progressão e a possibilidade de remição de pena mesmo em prisão domiciliar, medida justificada pelo relator como forma de evitar insegurança jurídica.
A bancada do Acre se dividiu na votação. Votaram a favor: Antônia Lúcia (Republicanos), Coronel Ulysses (União Brasil), Roberto Duarte (Republicanos) e Zezinho Barbary (PP). Votaram contra: Meire Serafim (União Brasil) e Socorro Neri (PP). Já os deputados Eduardo Velloso (União Brasil) e Zé Adriano (PP) não registraram voto.
Embora não cite nomes, o projeto é visto por parte da oposição como capaz de beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que responde a inquéritos relacionados aos atos. A proposta agora avança para o Senado, onde deve enfrentar novo embate político antes de seguir para sanção presidencial.
Antônia Lúcia (Republicanos)
Coronel Ulysses (União Brasil)
Roberto Duarte (Republicanos)
Zezinho Barbary (PP)
Meire Serafim (União Brasil)
Socorro Neri (PP)
Eduardo Velloso (União Brasil)
Zé Adriano (PP)
A votação expõe as divisões ideológicas dentro da bancada acreana em tema sensível da agenda nacional, com maioria alinhada à base bolsonarista. O projeto representa tentativa legislativa de reconfigurar as consequências jurídicas dos atos de 8 de janeiro, gerando críticas de setores que defendem rigor penal nos casos de ataques à democracia.
A proposta beneficia, em tese, réus e condenados por envolvimento nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes. Foto: captada