“Não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café?”
Pelo menos dessa vez, o convite da dona Florinda vai ter que dar uma maneirada. Isto porque puxado pelo café, o valor da cesta básica alimentar em dezembro aumentou quase R$ 15 em comparação com o mês de novembro e fechou o ano em 568,59 em Rio Branco. Pelo menos é o que aponta o boletim informativo da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan-AC), que divulgou dados relativos aos custos de alimentação na capital acreana na última semana.
Os dados foram coletados em 55 estabelecimentos comerciais, compostos por mercados varejistas de grande, médio e pequeno porte, açougues e panificadoras, distribuídos em 39 bairros de Rio Branco. Todos os itens estudados são calculados para uma família composta por dois adultos e três crianças.
Na pesquisa, em novembro o custo total da cesta básica alimentar para um indivíduo era de R$ 553,60, o que ocasionou o aumento de R$ 14,99 entre os dois meses estudados pela Seplan-AC. No geral, tanto a cesta de alimentos (2,71%) como a de limpeza (0,26%) e a de higiene pessoal (0,16%) registraram aumento no preço.
Este movimento de aumento foi o contrário do que ocorreu entre fevereiro e julho, por exemplo. Durante estes meses, a Seplan constatou que houve a diminuição de R$ 42,75.
Na prática, a participação do valor das três cestas básicas continua significativa no rendimento de um trabalhador que recebe, em dezembro de 2024, um salário mínimo de R$ 1.412,00, representando 47,63%.
Dentre os 14 itens da cesta, o café foi o produto que mais registrou aumento de novembro para dezembro: 16,86%.
Na prática, a média de preços saiu de R$ 29,38 para R$ 34,33, considerando a quantidade de 600 gramas. A depender do tamanho da embalagem, é possível comprar entre dois a três pacotes de 200 gramas, no máximo.
Neste filme de terror, a banana figura como coadjuvante no aumento dos preços, já que foi o segundo item que mais apresentou crescimento, com percentual de 11,02%. Em seguida, aparece o óleo com aumento de 5,60%. Confira abaixo as variações entre os preços dos 14 produtos estudados.
De acordo com a pesquisa, o aumento do café se deriva “da menor oferta mundial, do dólar valorizado diante do real e de incertezas relacionadas ao potencial produtivo da temporada 2025/2026”.
O número de horas de trabalho necessário para um trabalhador adquirir os produtos da cesta básica de alimentos foi de, aproximadamente, 88 horas e 35 minutos. Isto corresponde a cerca de duas horas e 20 minutos a mais em relação ao tempo necessário medido no mês de novembro.