Por: Gazeta do Povo
Com o tema “Democracia, Soberania e União”, o Desfile de 7 de Setembro, em Brasília, foi marcado pela tímida reação do público nos momentos de execução dos hinos Nacional e da Independência. Metade das arquibancadas foi ocupada por servidores “convidados”, tanto do governo quanto do Distrito Federal. Na outra metade, apareceram famílias, a maioria de estudantes e militares que desfilaram e boa parte de eleitores do PT. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou no tradicional Rolls Royce e não discursou.
O gramado central da Esplanada dos Ministérios ficou mais cheio no final, com a exposicao de veículos e armamentos militares. Poucas pessoas vestiam a camisa amarela da seleção brasileira de futebol.
Nos últimos anos, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a celebração da Independência levava mais gente, sobretudo de apoiadores, com caminhões de som, que foram vetados neste ano.
Apesar das arquibancadas ocupadas neste ano, o público vibrou pouco. Os momentos de maior interação do público se deram, especificamente, quando eram vistos no telão ou avistavam algum parente em marcha de uniforme.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), foi a ausência mais sentida entre as autoridades. Ministros do governo, poucos parlamentares e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), compareceram.
Desde maio, o governo tenta consolidar o apoio do Centrão na Câmara. Só nesta terça-feira (6), após três meses de negociação, a articulação política do Planalto conseguiu destravar uma reforma ministerial para contemplar o PP e o Republicanos no Executivo. Mesmo assim, foram oferecidas pastas menos importantes. André Fufuca (PP) vai assumir o Ministério dos Esportes e Silvio Costa Filho (Republicanos) comandará a pasta de Portos e Aeroportos.