Brasiléia volta a ter mais 1000 refugiados a espera de vistos do governo brasileiro

Chegada de refugiados continuam constantes na cidade de Brasiléia – Foto: Alexandre LIma

Alexandre Lima

Não se tem notícias de quando a situação poderá ser amenizada. O que se sabe é que os refugiados continuam chegando e já ultrapassou os 1000 refugiados neste final de semana, que buscam o visto de entrada no Brasil.

Como todos já sabem, faz cerca de quatro anos que o Brasil, através do Acre, é o único estado brasileiro que possui um local para receber os haitianos que estão fugindo da pobreza de seu País que foi devastado pelo terremoto de 7,3 graus na escala Richter que deixou 300 mil mortos no Haiti, mais de 90% das pessoas que ficaram desabrigadas.

Aproximadamente 146 mil haitianos continuam, contudo, vivendo em situação de extrema pobreza espalhados em cerca de 270 campos de refugiados no país, segundo dados da OIM (Organização Internacional de Migrações). Para fugir dessa vulnerabilidade, estão procurando outros países.

O Brasil então se tornou um dos poucos que estão deixando entrar esses refugiados a procura de uma nova vida. Nesse meio, muitos estão se amontoando num abrigo improvisado na cidade de Brasiléia, onde já chegou a mais de 1200 antes do alagamento ocorrido em 2012.

Refúgio dos imigrantes já ultrapassam os 1000 desde este final de semana – Foto: Alexandre Lima

Mesmo depois de visitas de várias autoridades e comitivas de senadores, quase nada foi feito para mudar a situação, mesmo diante da insatisfação dos moradores que já estão olhando para a situação com outros olhos, já que o tempo está passando e o caso está se tornando permanente.

Uma simples ida ao banco ou ao correios vem se tornando um problema para os munícipes, que se sentem quase que excluídos ao ter que esperar cerca de 200 ou mais refugiados serem atendidos. Já outros passaram a não frequentar alguns lugares públicos por sentirem algum tipo de medo.

Segundo o responsável pelo refúgio, Damião Borges, esse período de final e início de ano se tem um redução muito grande de contratações dos imigrantes. Por isso que o número aumentou muito no refúgio nos últimos meses e já está esperando empresas do sul para contratar.

Refugiados se acotovelavam na agência dos Correios na manhã desta segunda, dia 13 – Foto: Alexandre Lima

 

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