Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e veio em linha com expectativas do mercado. O levantamento do Refinitiv, esperava uma queda a 7,9%.
Em comparação ao trimestre imediatamente anterior, a taxa de desocupados diminuiu 0,06 ponto percentual, após registrar desemprego de 8,5% nos meses de fevereiro a abril de 2023. Já em relação ao mesmo período de 2022, a taxa de desocupação caiu 1,2 ponto percentual.A taxa de testes positivos para Covid-19 aumentou no Brasil nas primeiras semanas de agosto, segundo dois relatórios independentes divulgados na quarta-feira (30). A alta em ambos os levantamentos é da ordem de 7 pontos percentuais, o que representa o dobro de pessoas que testaram positivo para o vírus Sars-Cov-2.
O aumento ocorre diante de um cenário distinto do já verificado em momentos anteriores da pandemia, com a maioria da população já vacinada e menos risco de casos graves:
O aumento dos casos foi reportado por duas entidades. Um dos levantamentos é da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representa laboratórios e clínicas privadas:
“Possivelmente, sim, existe relação com a nova variante, que demonstrou ser muito transmissível, embora ela não traga quadros muito graves das pessoas que são infectadas”, afirma Wilson Shcolnik · Presidente do Conselho de Administração (Abramed).
Outra fonte é o Instituto Todos pela Saúde (ITpS), que analisa dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin:
Segundo o ITpS, os percentuais mais elevados são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%).
A atual taxa de 15,3% é inferior ao que foi visto até mesmo em dezembro do ano passado, quando os números chegaram a 38%.
A infectologista Carla Kobayashi afirma que é preciso considerar que o vírus da Covid vai “coexistir” como um vírus respiratório entre aproximadamente outros 20 que nos acometem sazonalmente. Ela afirma que o cenário hoje é muito diferente do visto no início da pandemia graças à vacinação, à imunidade adquirida e à evolução do vírus, que mudou para ser menos letal e mais transmissível.
“Acaba que é possível ter aquele aumento do número de casos pela sazonalidade do vírus, pela coexistência de ser um vírus respiratório circulando e causando as infecções (mais leves ou mesmo mais severas). Você pode ter uma pneumonia ainda pelo Covid ou pode ter só sintomas gripais”, explica Kobayashi, afirmando que a gravidade do quadro depende da situação de cada pessoa.
Os especialistas são unânimes em afirmar que, no atual momento, ter todas as doses possíveis da vacina contra a Covid é a melhor medida. É justamente o fato de a maioria da população ter tomado ao menos as doses básicas que evita o aumento das internações e das mortes.