Brasil estuda imposto temporário para subir arrecadação, diz Levy

Entrevista foi dada a jornalistas na capital turca, neste sábado, e reproduzida pelo jornal ‘Valor Econômico’

Levy no encontro do G-20 nesta manhã de sábado – ADEM ALTAN / AFP

ANCARA, TURQUIA – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou neste sábado que o governo brasileiro estuda a criação de um possível imposto temporário para aumentar a arrecadação, após apresentar a peça orçamentária de 2016 com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões. As informações são do site do jornal “Valor Econômico”, que acompanhou entrevista dada pelo ministro neste sábado na Turquia, após participar de encontro do G-20. Levy disse que o plano para enfrentar o problema nas contas públicas está em fase de construção, e citou o possível novo imposto.

“Pode ser imposto para atravessar essa travessia. E depois se retiraria. Estamos no meio de uma discussão sobre isso”, afirmou o ministro, de acordo com o site do Valor.

“O importante é onde vamos chegar e porque vamos chegar, e é para evitar a degradação (do grau de investimento), porque se não fizermos (o ajuste), aumentamos muitos os riscos e vamos destruir emprego por muitos anos”, acrescentou.

A ideia de encontrar novas formas de receita para equilibrar o orçamento vem sendo defendida em público pela presidente Dilma Rousseff como forma de evitar o déficit no orçamento do ano que vem, uma vez que o governo cortou “tudo que poderia ser cortado”, nas palavras de Dilma.

Na entrevista em Ancara, Levy disse ainda que as especulações sobre sua saída do cargo são um “folhetim”.

Perguntado sobre qual foi o tema de conversa com Dilma na quinta-feira, após especulações sobre sua situação dentro do governo, Levy disse que ambos trataram de “temática fiscal, ponto”.

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, Joaquim Levy garantiu que sua permanência do cargo nunca foi discutida. Esta foi a primeira vez que o ministro falou em público sobre seu futuro no governo Dilma Rousseff, após uma semana de especulações sobre a possibilidade de ele deixar a pasta.

Com informações de O Globo

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Publicado por
Alexandre Lima