Bolivianos amargam prejuízos com desvalorização do real e falta de turistas

Rua principal no centro comercial de Cobija, vem amargando prejuízos devido a desvaloriza[cão do real.

Alexandre Lima

As vezes, o que é bom para uns, não significa que poderá ser igual para outros. No mesmo período a cerca de 12 meses atrás, a cidade de Cobija, capital do estado de Pando, que faz divisa com o Acre, tinha suas lojas cheias quase toda a semana.

Nesta quinta-feira, dia 24, o estado de Pando comemorou seus 78 anos de aniversário, mas, as festividades ficou apenas para os moradores e atividades cívicas alusivas aos festejos realizados pelo governo e suas autoridades.

Além da falta de compradores pelas ruas, alguns comerciantes estão realizando pequenas promoções e segurando o câmbio da moeda para não repassar aos turistas.

No lado empresarial, especificamente no centro comercial de Cobija, tinha suas ruas vazias e os comércios apenas com funcionários e proprietários a espera de algum turista para fazer uma compra e salvar o dia.

A desvalorização do Real perante o Boliviano e o aumento do Dólar, espantou os turistas que lotavam as lojas a cerca de 12 meses atrás, principalmente em datas festivas. Nesta época, a moeda boliviana chegou a valer quase quatro vezes menos.

Nesta quinta, o cambio chegou a menos de dois por um, cerca de B$ 1,75, variando até B$ 1,90 dependendo da loja. Com essa valorização do boliviano, aconteceu a inversão de compras no lado brasileiro, principalmente nas lojas de eletrodomésticos e móveis.

Com desvalorização do real e sumiço dos turistas, os proprietários estão fazendo promoções que chegam a 40%, além de segurar o câmbio do dólar em $3,78. Dependendo da loja, ainda se pode encontrar de $3,50, para que dessa forma ainda possa vender algo.

Lojas vazias estão preocupando os proprietários que poderão demitir seus funcionários.

“Estamos tendo uma perca que pode chegar a 60% nas vendas e estamos preocupados. Não estamos descartando a possibilidade de demitir funcionários já que não temos venda com a falta dos turistas brasileiros que estão sumindo”, disse um dos proprietários.

Com a alta do dólar turismo que chegou próximo ao valor de R$ 4,50 sequer se pensou em passar esse valor aos compradores, “a inflação do Brasil não está sendo boa para nós aqui na faixa de fronteira que dependemos dos turistas. Já tem umas lojas que fecharam suas portas e outras demitindo seus funcionários e ficando somente com parentes trabalhando”, lamentou seu Nemésio, um dos proprietários.

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Alexandre Lima