Bocalom enfrenta denúncias com contratos na prefeitura e se defende desviando o foco para antecessora

O prefeito da capital Tião Bocalom voltou a ficar no olho do furacão, graças a atitudes tomadas por sua gestão e que foram tornadas se efeito e pela suspensão do contrato de R$ 32 milhões com uma empresa de coleta de lixo que enfrenta sérias acusações na justiça de Minas Gerais, estado para o qual o prefeito viajava com regularidade em função da doença de sua falecida esposa. O Ministério Público suspendeu o contrato.

Mas as confusões envolvem ainda a dispensa de licitação para a contratação de outra empresa de lixo, a suspensão de contratação de empresa de assessoria no Pará por R$ 7 milhões, sem licitação e até pela decisão de vacinar os jogadores de futebol Amaral e Aloízio Chulapa, que não moram na capital. A vacinação foi duramente criticada nas redes sociais.

Saindo da defensiva, o prefeito repetiu seus movimentos anteriores e secretaria da zeladoria, a mesma envolvida no contrato suspenso de R$ 32 milhões denunciou a ex-prefeita Socorro Neri de irregularidades no contrato da troca da iluminação na capital. A prefeitura teria verificado parte das obras e encontrado discrepâncias em planilhas.

Sem ouvir o consórcio executor de iluminação na sindicância ou a ex-prefeita, sem dar o direito de contraditório, enviou as conclusões para a Polícia Civil como uma denúncia. As reações, nesse caso se dividiram, mas os internautas denunciaram que era uma tentativa de tirar o foco das críticas à prefeitura.

Licitação suspensa

O juiz, Anastácio Lima de Menezes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública da capital, decidiu suspender a licitação vencida pela empresa Quebec Soluções e Tecnologia no valor de R$ 32,9 milhões para realização da coleta de lixo de Rio Branco. O contrato de homologação e adjudicação foi decidido há uma semana, dia 22 e foi publicado dia 29, no Diário Oficial do Estado (DOE), em decisão assinada pelo atual secretário de zeladoria, Joabe Lira.

A suspensão da licitação atende pedido da segunda colocada no certame, a Limpebrás, que apresentou em juízo prova de que a empresa não cumpria as condições do certame, uma vez que, na abertura do edital já se encontrava com sentença judicial prolatada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), condenando a Quebec Soluções e Tecnologia, por crime de improbidade administrativa.

Apelo político

Ainda ontem, a senadora Mailza Gomes promoveu encontro entre o governador Gladson Camali e Bocalom, para reverter a tendência do prefeito apoiar o senador Sérgio Petecão na disputa eleitoral no próximo ano. Mais cedo, Bocalom havia garantido que o governador abrira uma brecha para que ele pudesse apoiar Petecão. A conversa com a senadora foi inconclusa.

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Publicado por
A Tribuna