Acre
Bocalom deixa em aberto possível candidatura ao governo do Acre em 2026
Prefeito reeleito de Rio Branco afirma que prioriza atual mandato, mas não descarta disputa ao Palácio Rio Branco se houver consenso na direita

Apesar de não confirmar oficialmente a pré-candidatura, o prefeito já começa a ser apontado como um dos nomes mais fortes para suceder Gladson Cameli. Foto: assessoria
Em entrevista ao podcast Em Cena, do portal ContilNet, o prefeito reeleito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), sinalizou que pode entrar na corrida pelo governo do Acre em 2026.
Apesar de destacar seu foco no atual mandato à frente da capital, o gestor não descartou a possibilidade caso haja união das forças políticas de direita no estado.
“Se lá na frente a direita do Acre achar que o Bocalom deve ir, a gente vai. Mas por enquanto, quero continuar como prefeito”, afirmou.
O comentário surge em um cenário de articulações que inclui nomes como o do senador Alan Rick e da vice-governadora Mailza Assis, ambos do mesmo espectro político.
Com cinco mandatos no Executivo — três na zona rural (interior), e dois na capital —, Bocalom ressaltou sua afinidade com a gestão municipal: “Gosto de ser prefeito porque aqui a gente impacta diretamente a vida das pessoas”. Apesar de não oficializar pré-candidatura, ele já é visto como um dos nomes fortes para suceder o governador Gladson Cameli (PP), que cumpre seu segundo mandato.
Principais declarações:
- “Se a direita achar que devo ir, a gente vai”: Bocalom condiciona candidatura ao apoio unificado do campo político
- Prioridade imediata: Concluir obras e projetos em Rio Branco, onde está no quinto mandato eletivo (três na zona rural e dois na capital)
- Vantagem executiva: Destacou preferência por cargos com impacto direto na população – “Como prefeito, você vê o resultado do seu trabalho na vida das pessoas”
Cenário político:
O nome do gestor surge em meio a articulações da direita acreana, que conta com outros potenciais candidatos:
• Alan Rick (ex-deputado federal, atualmente senador)
• Mailza Assis (ex-senadora, atual vice-governadora)
O movimento ocorre enquanto o governador Gladson Cameli (PP) cumpre seu segundo e último mandato consecutivo.
Próximos passos:
Analistas apontam que Bocalom busca se fortalecer com a gestão municipal antes de decisão definitiva. A definição do quadro sucessório deve ganhar forma com as movimentações politicas no segundo semestre, antes do início politicamente agitado de 2026.
“Ele já demonstrou capacidade eleitoral ao ser reeleito no primeiro turno. Agora, o desafio é transformar isso em capital político estadual”, avalia Everton Damasceno, jornalista que conduziu a entrevista.
Especialistas em política acreana observam que o prefeito Tião Bocalom (PP) está traçando uma estratégia calculada: enquanto fortalece sua imagem com obras e ações na capital, mantém aberta a porta para uma candidatura ao governo do estado.
O tabuleiro sucessório começa a ganhar contornos mais definidos:
- Bocalom aparece como nome natural do PP, partido do atual governador Gladson Cameli
- A direita acreana ainda busca unificação para evitar divisão de votos
- O segundo semestre deve ser decisivo para as alianças estaduais
“2026 começa cedo no Acre”
Às articulações que movimentam o cenário, mantém o discurso do prefeito em priorizar Rio Branco, mas suas ações – como intensificar agenda em municípios do interior e na capital – com projeto estadual em construção, deve ocorrer após o Natal/Ano Novo, quando o calendário político entrará em ritmo acelerado em 2026.
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Acre
ICMBio esclarece que operação na Reserva Chico Mendes visa apenas pecuária ilegal
Coordenadora da Operação Suçuarana nega ação contra pequenos produtores e alerta sobre fake news que distorcem objetivos da fiscalização

A gestora também chamou atenção para o impacto ambiental provocado pelas invasões e pela expansão ilegal da pecuária. Foto: internet
Em entrevista concedida nesta sexta-feira (14), a gerente regional do ICMBio e coordenadora da Operação Suçuarana, Carla Lessa, reafirmou o caráter seletivo das ações de fiscalização na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. A gestora esclareceu que as intervenções têm como alvo específico pecuaristas que, mesmo após notificações formais e determinações judiciais, mantiveram atividades ilegais na unidade de conservação.
Pontos-chave da operação:
Alvo específico: Pecuaristas que ignoraram múltiplas notificações do ICMBio e decisões judiciais
Base legal: Cumprimento do plano de uso sustentável definido pelos próprios extrativistas
Dados preocupantes: Aumento de 40% no desmatamento para pastos ilegais nos últimos 3 anos
Combate à desinformação: Fake News circulando sobre suposto prejuízo a pequenos produtores
Lessa destacou que a reserva – criada em 1990 como homenagem póstuma a Chico Mendes – tem 93% de seu território preservado, mas sofre pressão crescente de grileiros. “São invasores profissionais, não moradores tradicionais”, afirmou, citando casos de propriedades com mais de 500 cabeças de gado em áreas protegidas.

O ICMBio é o responsável por fiscalizar o cumprimento do plano de utilização elaborado pelos próprios moradores da reserva. Foto: captada
Carla Lessa também alertou sobre a disseminação de informações falsas nas redes sociais, que estariam distorcendo os objetivos da operação. “Não é verdade que o ICMBio está prejudicando pequenos produtores. Nosso trabalho visa proteger a reserva e garantir que ela cumpra sua função original”, afirmou.
A operação já resultou na apreensão de 1.200 animais em duas semanas, todos encaminhados para leilão público. Os recursos serão reinvestidos em ações de fiscalização e projetos sustentáveis para as 2.400 famílias extrativistas legalmente assentadas.
Próximos passos:
Intensificação do monitoramento por satélite
Parceria com MPF para ações judiciais contra invasores
Campanhas educativas sobre o plano de uso da reserva
A gestora também chamou atenção para o impacto ambiental provocado pelas invasões e pela expansão ilegal da pecuária. “Nos últimos anos, houve aumento significativo do desmatamento e da introdução de grandes rebanhos de gado, o que tem descaracterizado a finalidade da unidade de conservação”, afirmou.
Por fim, Carla Lessa pediu o apoio da sociedade para que o trabalho de fiscalização continue sendo efetivo.
“Precisamos da colaboração de todos para garantir a conservação da floresta amazônica e a proteção dos direitos das populações extrativistas que vivem na reserva”, concluiu Lessa.
O ICMBio/IBAMA mantém canal aberto para esclarecimentos através do Disque Denúncia Linha verde: 0800 61 8080. Novas etapas da operação estão previstas para as próximas semanas, com apoio da Polícia Federal e Força Nacional.

Segundo ela, a operação se concentra exclusivamente em áreas de pecuária ilegal, ocupadas por pessoas que desrespeitam notificações do ICMBio e decisões judiciais para desocupar o território.
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Acre
Nível do Rio Acre permanece baixo em Rio Branco, aponta boletim da Defesa Civil

Foto: Whidy Melo
A Defesa Civil de Rio Branco divulgou na manhã desta sexta-feira, 13, novo boletim sobre as condições do Rio Acre. De acordo com a medição realizada às 5h16, o nível do rio registrou 2,57 metros, apresentando leve elevação nas últimas horas.
Apesar da pequena subida, o volume está muito abaixo da cota de alerta, que é de 13,50 metros, e da cota de transbordo, fixada em 14 metros. A ausência de chuvas nas últimas 24 horas, com índice pluviométrico zerado, reforça o cenário de estiagem que atinge a capital acreana.
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Acre
Governo do Acre declara Cooperativa Agroextrativista como utilidade pública

Foto: Reprodução
A Cooperativa Agroextrativista de Assis Brasil, Epitaciolândia e Brasileia (COOPAEB) passou a ter status de utilidade pública no Acre. A medida foi oficializada pela Lei nº 4.597, sancionada pela governadora em exercício, Mailza Assis, nesta sexta-feira (13). A sanção foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
A COOPAEB possui sede administrativa localizada na Rodovia BR-317, km 1, bairro Alberto Castro, no município de Brasiléia. Com forte atuação nos municípios da faixa de fronteira, Assis Brasil, Epitaciolândia e Brasiléia.
Com o reconhecimento de utilidade pública, a COOPAEB poderá firmar convênios e parcerias com o poder público, além de acessar recursos estaduais para ampliar suas atividades voltadas ao desenvolvimento socioeconômico da região.
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