Na madrugada desta quinta-feira, 1º de agosto, teve início o bloqueio das estradas e da fronteira com o Acre, afetando o fluxo de transporte em Brasiléia e Epitaciolândia. A decisão foi tomada pela Federação de Transporte do Departamento de Pando, em assembleia geral realizada na quarta-feira.
A assembleia deliberou sobre o atraso na construção do Corredor Bioceânico de via dupla, a escassez de dólares no país e a falta de óleo diesel. A medida de bloqueio foi ratificada pelos representantes da federação e deverá impactar significativamente o transporte na região, sendo adotada em nível nacional.
No entanto, os Dirigentes do Transporte Livre e da Federação dos Gremiais de Pando se opuseram ao bloqueio. Florêncio Cochi, um dos dirigentes, argumentou que a medida agravará a crise econômica e prejudicará a população. Esses setores têm demandas próprias, mas rejeitam o bloqueio por preocupações com os impactos econômicos negativos.
Em Cobija, cidade fronteiriça com o Acre, o acesso pelas pontes Wilson Pinheiro e Internacional foi bloqueado desde a meia-noite. Ricardo Mamany, dirigente do Sindicato dos Taxistas 1º de Maio, afirmou que o bloqueio durará apenas 24 horas. Ele ressaltou que o objetivo é chamar a atenção das autoridades bolivianas para uma negociação que beneficie todo o país.
“Estamos buscando melhorias para nosso povo. O impedimento será apenas para veículos, e as pessoas podem passar tranquilamente a pé, assim como ambulâncias e pessoas enfermas,” disse Ricardo.
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