Bittar garante R$ 5,5 milhões para projeto que visa acabar com inundações e secas do rio Acre

O plano, dividido em três fases, prevê o estudo do problema, a realização de licitação e execução das obras

Sindicato dos Engenheiros do Acre atesta a viabilidade da proposta de Bittar/Foto: reprodução

ARCHIBALDO ANTUNES, DA CONTILNET

Antes mesmo de assumir o mandato de senador – o que só ocorrerá no dia 1º de fevereiro de 2019 –, Marcio Bittar (MDB) já dá mostras de sua influência em Brasília. E também sinaliza que sua atuação parlamentar trará resultados positivos para o Acre. Dias atrás, por exemplo, lhe foi confirmada a inclusão, no Orçamento Geral da União de 2019, de uma emenda coletiva no valor de R$ 5,5 milhões, a ser destinada ao estado.

Resultado de uma articulação feita por Bittar junto ao relator-geral do Orçamento no Congresso, o senador Waldemir Moka (MDB-MS), o recurso vai propiciar que o estado dê o primeiro passo para solucionar, em definitivo, o drama decorrente das cheias do rio Acre, durante o inverno, e a ameaça do desabastecimento de água, no verão.

A primeira fase do Projeto Bacia do Rio Acre será destinada a um levantamento minucioso dos fatores responsáveis pelas inundações e também pelas vazantes. Se as cheias causam prejuízos e muito transtorno a centenas de famílias, além de forte impacto nos cofres públicos, as secas comprometem a captação da água que abastece as cidades de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Porto Acre.

Essa análise técnica também definirá a extensão das erosões nas margens do manancial e a gravidade do assoreamento do leito, a fim de apontar possíveis soluções para ambos os problemas.

Com a alocação dos R$ 5,5 milhões do Orçamento da União para o estado, Marcio Bittar já garantiu a realização do estudo técnico. Após sua conclusão, será possível realizar uma licitação pública, destinada ao credenciamento de empresas e à apresentação de projetos de engenharia que atendam aos objetivos da proposta e melhor se adequem ao Acre.

A terceira e última fase do projeto é a execução das obras de contenção das cheias e de armazenamento do excesso de água das chuvas, para uso durante a escassez do verão. “Rio Branco já tem problemas graves de abastecimento de água quando o nível do rio fica muito baixo”, lembra Bittar.

O nível baixo do rio Acre no verão prejudica o abastecimento de água na Capital/Foto: reprodução

Segundo o senador eleito, o projeto tem a ver com saneamento, meio ambiente e saúde pública. Vale ressaltar ainda o aspecto da economia que uma obra desse porte vai significar para o poder público, afinal desincumbido da tarefa de resgatar, alojar e alimentar os desabrigados pelas enchentes.

“É um projeto complexo, de execução lenta e dispendioso. Mas ainda assim mais eficaz do que as soluções adotadas até agora, além de mais barato se comparado aos prejuízos causados pelas alagações ou se levarmos em conta o custo da remoção de centenas de casas das áreas sujeitas às enchentes”, afirma ele.

Bittar diz ainda que o Sindicato dos Engenheiros do Acre, presidido por Tião Fonseca, estima em R$ 200 milhões os prejuízos causados pela última alagação. A entidade também se debruça sobre a questão e atesta a viabilidade da proposta do senador eleito.

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