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Bittar condiciona apoio a Mailza a definição de Gladson Cameli sobre candidatura em 2026

Senador afirma que aguarda posicionamento do governador, que se diz disposto a abrir mão de nova candidatura para manter unidade do grupo; cúpula do PP e PL se reúne na próxima semana

A declaração aconteceu na sede do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (DERACRE), em Rio Branco, teve como pauta principal a assinatura de ordem de serviço para a construção de pontes. foto: assessoria

Em meio às articulações para as eleições de 2026, o senador Márcio Bittar (PL) declarou durante evento no DERACRE nesta quinta-feira (9) que ainda não oficializou apoio à pré-candidatura da vice-governadora Mailza Assis ao governo do Acre porque aguarda uma definição do governador Gladson Cameli (PP).

A declaração do parlamentar ocorreu no mesmo evento em que o chefe do Executivo estadual surpreendeu ao afirmar que está disposto a abrir mão de uma nova candidatura para preservar a unidade de seu grupo político.

O evento, que teria como pauta principal a assinatura de ordem de serviço para construção de pontes, foi dominado pelo clima de especulação eleitoral. A fala de Bittar revela a complexidade das negociações em andamento no campo governista, onde a definição de Cameli sobre seu próprio futuro político é peça fundamental para o alinhamento das demais lideranças. A cúpula do PP e PL deve se reunir na próxima semana para discutir o encaminhamento da aliança no estado.

O senador Márcio Bittar disse que espera que Gladson diga a “hora certa”. “Isso está na mão do governador Gladson Cameli. Foto: captada 

“Isso está na mão do governador”, diz Bittar

Questionado sobre o motivo de ainda não ter declarado apoio à correligionária Mailza Assis, o senador Márcio Bittar disse que espera que Gladson diga a “hora certa”. “Isso está na mão do governador Gladson Cameli. Ele sabe a hora certa. Ele sabe como ninguém, tem a sensibilidade de alguém que foi deputado federal duas vezes, senador, governador eleito e reeleito praticamente sozinho no segundo mandato dele. Praticamente nenhum de nós que estávamos com ele em 2018, estávamos em 2022. Mesmo assim, ele se reelegeu no primeiro turno. Então alguém com esse currículo está preparado, com a habilidade suficiente, para fazer a aliança necessária. Eu estou bem tranquilo com o Gladson, está tudo bem”, afirmou.

Ao ser questionado se apoiaria quem o governador definisse, o próprio Gladson interrompeu e surpreendeu ao dizer que está disposto a abrir mão de uma possível candidatura, inclusive à reeleição ou ao senado, caso isso seja necessário para manter o grupo político unido.

“O que importa é o seguinte: a questão do senado já está pacificada. Eu e o Márcio Bittar estamos alinhadíssimos e, como ele mesmo disse, temos uma palavra que compartilho com ele, que é gratidão. Eu sou muito grato ao Márcio. E assim, eu penso num projeto amplo para o Acre. Se eu tiver que não ser candidato e ficar no governo, até isso eu sou capaz de fazer por uma composição ampla, pra que a gente possa sair unidos, porque é um governo de continuidade”, explicou.

A fala de Gladson foi interpretada nos bastidores como um alerta ou até uma “ameaça velada” a aliados que desejam precipitar definições sobre o futuro político do grupo. Ao dizer que poderia desistir de disputar qualquer cargo, Cameli parece querer reforçar que ainda é o maior fiador da unidade e do sucesso eleitoral do seu campo político.

Bittar destacou que já conversou com o governador e que confia plenamente em sua condução do processo eleitoral. Foto: captada 

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Marcus José