Brasil
Barômetros Globais recuam e sinalizam moderação do crescimento mundial
Europa foi a única região que contribuiu de forma positiva
Os Barômetros Econômicos Globais (indicadores que permitem uma análise tempestiva do desenvolvimento econômico global) divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) recuaram novamente em novembro, seguindo a tendência de enfraquecimento iniciada no terceiro trimestre.
O Barômetro Econômico Global Coincidente caiu 2,1 pontos em novembro, para 106,6 pontos. O Barômetro Econômico Global Antecedente recuou 2,8 pontos, para 96,6 pontos, menor nível desde julho de 2020, de 82,4 pontos.
Todas as regiões pesquisadas evoluem de forma negativa no mês, à exceção da Europa, que contribuiu de forma positiva para o resultado do Barômetro Antecedente.
Segundo o pesquisador do Ibre-FGV Paulo Picchetti, o fim da maioria das restrições à mobilidade ao longo de todas as regiões têm gerado um crescimento significativo de demanda por bens e serviços, em ritmo superior à sua oferta.
“Os resultados dessa combinação são aumentos de preços generalizados, e um crescimento da percepção que os problemas do complexo sistema das cadeias de ofertas de insumos globalizadas não serão resolvidos no curto prazo. O recuo do Barômetro Antecedente em novembro demonstra o desafio criado por esse contexto para um ritmo mais robusto de retomada da atividade econômica em todos os setores”, disse.
Barômetro Coincidente
Todas as regiões contribuem de forma negativa para o resultado agregado do Barômetro Coincidente Global em novembro, com destaque para a Ásia, Pacífico e África, com contribuição de 1,6 ponto (76%) para a queda de 2,1 pontos do indicador no mês. A Europa e o Hemisfério Ocidental contribuem negativamente com 0,4 e 0,1 ponto, respectivamente. Todas as regiões ainda registram indicadores acima do nível médio histórico de 100 pontos.
Dos cinco indicadores setoriais monitorados pela pesquisa quatro recuaram em novembro, com a queda mais acentuada na indústria. A exceção foi o indicador de serviços, que variou positivamente em 0,2 ponto no mês. Com o resultado, esse setor voltou a registrar o maior nível entre os indicadores setoriais, embora todos estejam oscilando numa faixa estreita de 103 a 109 pontos.
Barômetro Antecedente
O Barômetro Global Antecedente antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial em três a seis meses. Os indicadores antecedentes das regiões da Ásia, Pacífico e África e Hemisfério Ocidental contribuem de forma negativa para a queda de 2,8 pontos do indicador global em 2,4 pontos e 1,1 ponto, respectivamente.
A Europa foi a única região a contribuir positivamente, em 0,7 ponto. Todas as regiões registram níveis abaixo de 100 pontos em novembro de 2021.
Houve queda em três dos cinco os indicadores antecedentes setoriais em novembro. Indústria, comércio e construção registram quedas, enquanto o setor de serviços e o indicador que mede o estado geral da economia tiveram alta no mês.
Com os resultados, serviços e comércio são os indicadores mais otimistas no curto prazo, construção registra nível que reflete moderação, enquanto indústria e economia giram abaixo da média histórica de 100 pontos, sinalizando enfraquecimento nestes segmentos.
Edição: Fernando Fraga
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Brasil
Com Alckmin, empresários defendem reversão de tarifas e pedem maior prazo

Porto de Los Angeles • 13/05/2025. REUTERS/Mike Blake
A indústria solicitou ao vice-presidente Geraldo Alckmin que o governo federal negocie uma ampliação do prazo de vigência da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, previsto para 1° de agosto.
A declaração foi realizada após reunião do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços com representantes do setor industrial brasileiro.
“O que nós ouvimos aqui foi negociação, ou seja, um empenho para rever, o que coincide com a proposta do governo brasileiro e do presidente Lula. Foi colocado de que o prazo é exíguo. O prazo é curto. De que nós deveríamos trabalhar pela sua dilação”, disse Alckmin após o encontro.
Para o vice-presidente, a tarifa de 50% pode ser vista como uma oportunidade para a indústria ampliar os seus acordos comerciais. “É oportunidade para mais acordos comerciais. Podemos abrir oportunidades para fazer mais acordos comerciais”, afirmou.
Fonte: CNN
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Brasil
Caixa libera abono salarial para nascidos em setembro e outubro

Foto: Reprodução
Cerca de 3,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos e nasceram em setembro e outubro podem sacar, a partir desta terça-feira (15), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2025 (ano-base 2023). A quantia está disponível no Portal Gov.br.
Ao todo, a Caixa Econômica Federal liberará pouco mais de R$ 4,4 bilhões neste mês. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador. Os pagamentos começaram em 17 de fevereiro e vão até 15 de agosto. O trabalhador pode conferir a situação do benefício no aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
Neste ano, R$ 30,7 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2025 será pago a 25,8 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, cerca de 22 milhões que trabalham na iniciativa privada receberão o PIS e 3,8 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.
O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal; e o Pasep, pelo Banco do Brasil (BB). Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento. Os saques terão início nas datas de liberação dos lotes e acabarão em 29 de dezembro de 2025. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho.
Nascidos em | Recebem a partir de |
Janeiro | 17 de fevereiro |
Fevereiro | 17 de março |
Março e Abril | 15 de abril |
Maio e Junho | 15 de maio |
Julho e Agosto | 16 de junho |
Setembro e Outubro | 15 de julho |
Novembro e Dezembro | 15 de agosto |
Quem tem direito
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2023. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 126,50, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.518.
O abono salarial não se confunde com as cotas do antigo Fundo PIS/Pasep, que podem ser sacadas por meio de outra plataforma, lançada em março deste ano. O antigo fundo abriga cotas de cerca de 10,5 milhões de pessoas que tinham empregos formais antes da Constituição de 1988. O abono salarial beneficia trabalhadores com carteira assinada após a Constituição de 1988, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Pagamento
Trabalhadores da iniciativa privada com conta-corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.
Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.
O pagamento do abono do Pasep ocorre via crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode efetuar a transferência via TED para conta de sua titularidade via terminais de autoatendimento, portal na internet ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.
Quem não é correntista da Caixa ou do Banco do Brasil e tem direito ao benefício também pode sacar o valor por meio do Portal Gov.br, no serviço Receber o abono salarial, mas é necessário ter conta prata ou ouro.
Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Codefat atendeu a recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente dois anos após o trabalho com carteira assinada.
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