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Auxílio Gás: 267 mil pessoas tiveram o benefício removido em 2023
O Ministério do Desenvolvimento Social, que gere os programas sociais do governo, removeu, desde o início do ano, 267 mil beneficiários do programa Auxílio Gás Para os Brasileiros . Em dezembro, o benefício era pago a 5,95 milhões de famílias. Em abril, o número caiu para 5,69 milhões, uma queda de 4,4%.
O programa foi implementado em 2021, ampliado em 2022 e mantido neste ano. Inicialmente, pagava 50% do valor médio do botijão de 13kg no país a cada dois meses, no ano seguinte, subiu para 100% do valor do botijão a cada dois meses, como é pago até hoje.
O “pente-fino” é semelhante ao que ocorre entre beneficiários do Bolsa Família . O governo busca remover as pessoas que não se enquadram nos critérios de renda.
“Nós tínhamos muitas pessoas que não preenchiam os requisitos. O vale-gás, na própria legislação aprovada pelo Congresso, ele estabelece uma meta que tem a ver com o tamanho da renda e muita gente com renda elevada estava recebendo. Nós estamos falando de um esforço de dinheiro do povo brasileiro”, explicou o ministro da pasta, Wellington Dias.
A cada dois meses, o Auxílio Gás assegura o valor integral de um botijão de gás de cozinha na conta dos beneficiários do programa. Em abril, o repasse foi de R$ 110 para 5,7 milhões de famílias. O valor é resultado da média nacional do produto, calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O investimento do Governo Federal em abril é de R$ 626,2 milhões.
O número de famílias que recebem o Auxílio Gás a cada dois meses varia de acordo com a disponibilidade orçamentária, a variação do preço médio do botijão de gás de cozinha e o processo de Averiguação Cadastral do Cadastro Único, procedimento realizado de forma rotineira pelo MDS, com o intuito de assegurar que o benefício chegue a quem mais precisa.
Em nota, o MDS diz que está realizando um amplo processo de correção e qualificação dos registros e identificação das famílias inscritas no Cadastro Único, para que os benefícios sociais cheguem a quem mais precisa. O processo de qualificação do cadastro é feito para evitar o repasse incorreto de benefícios sociais e conta com ações iniciadas pela atual gestão da pasta.
Desde janeiro, foram realizados o trabalho de pactuação com estados e municípios, retomada dos espaços de participação social, fortalecimento do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), com capacitação e recomposição do cofinanciamento. O Cadastro Único é a grande porta de entrada para vários programas, benefícios e serviços, mais de 30 apenas do Governo Federal, mas também de estados e municípios.
Fonte: Economia
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Em meio à seca severa, agricultores de Capixaba enfrentam dificuldades na irrigação, perdas na produção e veem custos aumentarem
Falta de chuvas compromete produção de frutas, hortaliças e piscicultura na capital e no interior. Secretaria de Agricultura e Pecuária afirma que já comprou 35 milhões de litros de água para minimizar os impactos da estiagem este ano.
Por Jardel Angelim
Agricultores do município de Capixaba, viajam uma vez por semana até Rio Branco para comercializar seus produtos. As barracas são montadas em uma praça no bairro São Francisco, para atender os clientes. Frutas e hortaliças são os principais alimentos cultivados, mas nesse período de seca, o trabalho ficou comprometido.
Contexto: O rio Acre está a três centímetros da menor cota histórica desde 1971, quando o manancial começou a ser monitorado em Rio Branco.
- Seca: Toda a Bacia do Rio Acre está em situação de alerta máximo para seca, agravada em razão da falta de chuvas na região, situação que já perdura há dois meses.
- População afetada: Mais de 387 mil pessoas nas zonas urbana e rural de Rio Branco
- Prejuízos: como resultado da seca, produtores perderam plantações e houve queda nas vendas. O baixo nível do manancial também afeta o transporte das mercadorias.
- Poluição: Na quinta (12), a qualidade do ar também estava em 46.6 µg/m³ (microgramas por metro cúbico), segundo a plataforma IQair. Esse número está muito acima do considerado saudável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 15 µg/m³ (microgramas por metro cúbico).
A falta de chuvas atingiu toda a lavoura e secou os rios da região. A produtora Daniela Mesquita possui uma propriedade no Ramal Zaqueu Machado. Ela alega que a produção está completamente afetada e nem todas as pessoas conseguem água para irrigar as plantações.
“Lá [em Capixaba] a situação está muito difícil por falta da chuva. Prejudica e diminui muito a produção. Quem tem açude, puxa do açude, quem tem poço, puxa do poço, só que o poço e o açude estão secos. Isso diminui muito a produção”, relata.
Situação semelhante é a do produtor rural Jailton Duarte. Diariamente, ele precisa colocar uma bomba em um igarapé próximo para conseguir água para plantação, mas o gasto com energia aumenta e a terra seca rapidamente, dificultando o trabalho mais do que o normal.
“Tem ficado muito ruim com essa sequidão para a gente que mexe com plantio lá. As nossas plantas não tem ficado muito bonitas, mas estamos aguando por meio de irrigação”, diz.
Além de diminuir a produção, a falta de chuvas também deixa os alimentos com menos qualidade. Com pouca água para a irrigação, a banana fica mais fina, a melancia menor e a macaxeira tem o cultivo diminuído. A exemplo do interior, Rio Branco sofre com o mesmo problema.
As hortaliças também duram menos, mas ainda não faltam no mercado. O feirante Francisco Amarildo, que atua na Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa), afirma que alguns produtos já estão difíceis de encontrar.
“Por enquanto, só o que tem faltado é o limão, mas o resto das verduras até que tem. E deve começar a faltar a banana. As queimadas e a fumaça também atrapalham muito”, ressalta.
A Defesa Civil e a Secretaria de Agricultura e Pecuária do município adotaram medidas para minimizar os impactos da seca. Esse ano foram comprados 35 milhões de litros de água para abastecer 33 comunidades rurais. Esse número é mais que o dobro do que foi comprado em 2021, quando iniciou a Operação Estiagem.
Todos os dias, 8 carros-pipas, em média, fazem esse trabalho. Apesar dessas medidas, 20 comunidades ainda aguardam abastecimento.
“Teve comunidade que limpamos os tanques para o pessoal ir usando a águas na zona rural, porque a dificuldade é tanta que não tem água nem para os animais e nem para as pessoas tomarem banho. A gente sabe que se demorar a chover vai se agravar mais. Essas 20 comunidades que estão esperando, nós estamos comprando 80 caixas d’água de cinco mil litros para atender essa demanda”, explicou o secretário Eracides Caetano.
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Polícia Federal prende criminosos que fugiram do Acre e estavam escondidos no Amazonas
A investigação teve início a partir de informações sobre o possível paradeiro dos foragidos, um dos quais fugiu da penitenciária de Cruzeiro do Sul
Rio Branco/AC. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Acre (FICCO/AC), composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público do Amazonas (GAECO/AM), deflagrou nesta quarta-feira (13/9) a Operação Laços de Justiça, visando prender dois foragidos da Justiça do Acre.
A investigação teve início a partir de informações sobre o possível paradeiro dos foragidos, um dos quais fugiu da penitenciária de Cruzeiro do Sul e possuía condenação definitiva por tráfico de drogas.
As investigações comprovaram que ambos estavam escondidos no estado do Amazonas, utilizando dados falsos para evitar serem localizados.
Foram mobilizadas forças federais e estaduais para o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, além de três mandados de busca e apreensão, em Manaus/AM e Iranduba/AM.
Os presos estão agora à disposição da Justiça do Acre para as providências cabíveis.
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PF deflagra operação para investigar compras de votos ligada à campanha de Marcus Alexandre
As autoridades não divulgaram detalhes sobre os materiais apreendidos. A operação segue em andamento, com a PF intensificando as investigações para garantir que o processo eleitoral ocorra de forma limpa e justa
Por Aikon Vitor, da Folha do Acre
A Polícia Federal desencadeou, nesta sexta-feira (13), a Operação Têmis, com o objetivo de coibir crimes eleitorais relacionados compra de votos e disseminação de notícias falsas (fake news) durante a campanha à prefeitura de Rio Branco, no Acre. A ação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral, e mobilizou 25 agentes federais.
A investigação foi aberta após a circulação de um vídeo em que uma suposta líder comunitária oferecia atendimento médico gratuito à população, vinculando o serviço ao nome de Marcus Alexandre (MDB), candidato à prefeitura da capital acreana. O material levantou suspeitas de que a oferta estaria sendo usada como estratégia de compra de votos, configurando um possível crime eleitoral.
Durante esta fase da operação, foram realizadas buscas em seis endereços de pessoas investigadas em Rio Branco. O objetivo da ação é identificar provas que possam confirmar a participação dos envolvidos na prática ilegal e, eventualmente, apontar outros responsáveis.
Até o momento, as autoridades não divulgaram detalhes sobre os materiais apreendidos. A operação segue em andamento, com a PF intensificando as investigações para garantir que o processo eleitoral ocorra de forma limpa e justa. O Tribunal Regional Eleitoral do Acre acompanha o caso de perto.
O candidato Marcus Alexandre, por meio de sua assessoria, ainda não se manifestou sobre a operação.
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