Audiência e julgamento que sargento Nery responde por morte de jovem será em agosto

Por Raimari Cardoso

A data da audiência de instrução e julgamento – etapa em que é decidido se o réu vai ou não a júri popular – da ação que o sargento Erisson Nery responde pela morte do adolescente Fernando de Jesus já está definida.

A juíza 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, Luana Cláudia de Albuquerque Campos, designou a audiência para o próximo dia 24 de agosto, às 8h30 da manhã.

O crime aconteceu no dia 24 novembro de 2017, no conjunto Canaã, na capital acreana, após uma tentativa frustrada de roubo à propriedade do militar, que à época dos fatos era cabo.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Nery matou o adolescente, que tinha 13 anos, com pelo menos seis tiros, no intuito de “fazer justiça pelas próprias mãos”.

O adolescente foi alvejado pelo policial depois dele ser deixado para trás por outros dois homens, que teriam participado da tentativa de roubo, mas conseguiram fugir do local pulando o muro, enquanto o garoto terminou baleado e morto.

Narra o MP que após atirar em Fernando, junto com um colega de farda, Ítalo Cordeiro, o militar alterou a cena do crime e colocou uma arma na mão vítima.

No processo que apura a morte de Fernando de Jesus, o sargento Nery responde sozinho pela morte do adolescente – homicídio doloso majorado.

Junto com Ítalo, ele responde pelo crime de “inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito”.

Tentativa de homicídio

Em outro caso de repercussão em que Nery figura como autor de uma tentativa de homicídio, a data da audiência de instrução e julgamento chegou a ser marcada, mas terminou sendo adiada a pedido da defesa do militar.

Trata-se do episódio ocorrido no dia 29 de novembro do ano passado, quando o estudante de medicina Flávio Endres de Jesus Ferreira foi baleado várias vezes pelo sargento em um bar de Epitaciolândia.

Nery está preso desde o começo desta ação penal, já tendo negados vários pedidos de liberdade provisória e de abertura de procedimento para averiguar se ele goza de saúde mental, razão pela qual a defesa pediu a suspeição da juíza do caso, Joelma Nogueira, da Comarca de Epitaciolândia.

Recentemente, o processo passou para o status de segredo de justiça e pelo que se pôde obter de informação do processo, cuja movimentação não pode ser mais visualizada no portal E-SAJ, do Tribunal de Justiça, ainda não há uma nova data para a audiência de instrução e julgamento.

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ac24 Horas