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Atendimento pedagógico domiciliar do Estado garante sonho de estudantes em tratamento de saúde
A educação de crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais está sendo amplamente fortalecida pelo governo do Acre, que, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), abraçou esse compromisso ao implementar uma política de inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino.
Em certas circunstâncias, algumas crianças, após receberem alta médica, não estão prontas para retornar às atividades escolares. Nesses casos, é iniciado o Atendimento Pedagógico Domiciliar (APD), em que professores realizam acompanhamento dos alunos em casa, até que possam retornar à escola.
O APD abrange alunos matriculados nos sistemas de ensino que enfrentam condições médicas e restrições de saúde específicas. Esse enfoque, que já completa duas décadas de existência no Acre, busca uma abordagem pedagógica humanizada e personalizada, respeitando as particularidades e limitações de cada aluno.
O objetivo principal do Atendimento Pedagógico Domiciliar é assegurar igualdade de oportunidades no acesso ao conhecimento e à permanência escolar.
Os estudantes que precisam desse atendimento geralmente são encaminhados por orientação médica. A família entra em contato com a escola, que se comunica com o setor de Educação Especial da SEE, que por sua vez viabiliza os trâmites necessários.
Direitos assegurados
Em Rio Branco, professores da rede estadual atuam dando aulas em domicílio para 105 crianças e adolescentes doentes. Além disso, atendem outros 120 alunos internados em três classes hospitalares: Hospital da Criança, Unidade de Alta Complexidade e Oncologia (Unacom) e Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac).
Os docentes que realizam esse ensino adotam abordagens diferenciadas e envolventes para seus alunos, sem se desviar dos conteúdos essenciais. Seus horários de aula são flexíveis e devem se adaptar à disponibilidade dos estudantes.
O professor vai à casa do aluno por um tempo provisório ou até mesmo permanentemente, como é o caso de alunos acamados que usam aparelhos de suporte a vida e não têm condições de ir à escola.
“Mesmo atendendo muitos alunos com deficiências, o APD acontece também com o público da escola comum que venha a ter algum comprometimento na saúde”, esclarece Clarice Oliveira, assessora pedagógica da SEE, responsável pela orientação e acompanhamento das classes hospitalares e APD.
A responsabilidade pelas políticas públicas recai sobre o Estado, que não apenas as implementa, mas também cria condições favoráveis para sua efetivação.
O direito à educação e a responsabilidade, entretanto, também pertencem às famílias, que têm a obrigação legal de oferecer assistência aos estudantes, matriculá-los e acompanhar o progresso escolar, mesmo durante ausências por motivos de saúde.
Superação e força de vontade
Um exemplo notável é o caso de Kaique dos Santos, aluno da primeira série do ensino médio da Escola Lourenço Filho, em Rio Branco, diagnosticado com leucemia. Enquanto passa por tratamento quimioterápico em Rio Branco e se prepara para um transplante de medula óssea em Recife, suas aulas estão asseguradas por meio do APD, com a professora Enayra Taumaturgo.
As palavras de Kaique refletem como o APD lhe proporcionou tranquilidade, evitando a preocupação de ficar para trás nos estudos. Sua determinação em continuar aprendendo, mesmo durante o tratamento, é notável. Sua paixão pela geografia e habilidades de desenho, incluindo o desejo de ser tatuador no futuro, demonstram sua perseverança.
Enayra enfatiza a conexão cultivada com o aluno e a família, destacando que o atendimento vai além do ensino, representando um círculo de apoio e carinho. A adaptação das atividades às capacidades cognitivas de Kaique permite que o adolescente siga o currículo normal da sala de aula.
A mãe de Kaique, Elivanda Ribeiro, expressa sua gratidão pelo apoio do APD, que a surpreendeu positivamente, e destaca o alívio de saber que seu filho não perderá conteúdos, mencionando ainda a possibilidade de as aulas contribuírem para sua recuperação. A mãe também observa a ansiedade e animação de Kaique em voltar a realizar atividades cotidianas, como frequentar a escola.
Recentemente, o jovem experimentou o poder de conexão entre educação e empatia, quando se encontrou com seus colegas e professores em sala de aula, fortalecendo seus laços educacionais e emocionais.
Esses relatos ressaltam o impacto positivo do Atendimento Pedagógico Domiciliar na vida do estudante, evidenciando como a educação adaptada e o apoio emocional desempenham um papel crucial em sua jornada de aprendizado e recuperação.
“Passei a ter um olhar mais inclusivo”
Outro aluno, Thiago Góes, do 7º ano da Escola Raimundo Hermínio de Melo, enfrenta um diagnóstico de mielomeningocele (alteração na formação da coluna vertebral e medula espinhal) e tem encontrado sucesso em sua educação domiciliar com o professor Cláudio Farias. Além do progresso educacional, está se fortalecendo também o vínculo de afetividade que se formou entre eles.
“O atendimento com o Tiago é maravilhoso, estou aprendendo muito com ele. Há dois anos o acompanho e criamos um vínculo de amizade. A cada aula, ele vai evoluindo e isso me deixa muito feliz. Esse trabalho tem me tornado um ser humano melhor, passei a ter um olhar mais inclusivo”, afirmou Cláudio Farias.
Gilmara, mãe de Tiago, adaptou um espaço para o filho estudar na sala de sua casa, com cartazes e muitos materiais pedagógicos, a fim de deixar o ambiente mais parecido com uma sala de aula.
“Os professores que fazem esse atendimento estão fazendo um trabalho excepcional com os alunos, realizando atividades de forma que facilita a vida deles. A relação do meu filho com o professor é de família, ele fica muito ansioso no dia da aula. Estou feliz em ver os direitos dele sendo respeitados”, conclui Gilmara.
Aluno em APD mantém seu vínculo com a escola
A coordenadora de ensino da Escola Raimundo Hermínio de Melo, Valcileide Gomes, destaca que o professor domiciliar é a ponte entre a escola e o aluno e o trabalho desse profissional é baseado no currículo da mesma forma que o professor da sala de aula, com planejamentos na escola, capacitações e aplicação de diagnóstico para atender a necessidade do aluno.
O estudante do APD participa de todos os projetos que a escola desenvolve no decorrer do ano letivo. Ele constrói em casa e no dia da apresentação o trabalho dele é exposto. Caso esteja bem no dia da culminância, vai à escola e participa do evento.
Certamente, a união entre família, escola e professores desempenha um papel fundamental na vida dos alunos em APD. Essa colaboração pode proporcionar um ambiente de apoio, compreensão e recursos essenciais para o sucesso escolar e emocional dessas pessoas. É importante manter uma comunicação aberta para criar um ambiente educacional inclusivo e enriquecedor.
“É bom ver que as famílias recebem muito bem os profissionais em suas casas, pois eles sabem da dificuldade em levar um aluno com muitas comorbidades para a escola. Os pais estão vendo o quanto é assertiva essa ação do Estado”, observa a coordenadora.
A iniciativa do APD é uma evidência de que a educação não precisa ser limitada por barreiras físicas ou médicas. Ela permite que alunos como Thiago e Kaique continuem a desenvolver seus conhecimentos e habilidades, independentemente de suas condições de saúde.
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Carro em alta velocidade invade contramão, bate em motociclista e motorista foge sem prestar socorro
A motociclista Sula Ribeiro de Souza, 31 anos, foi vítima de um acidente de trânsito em uma colisão entre carro e moto, na noite desta quinta-feira (19), na Rua Ladislau Ferreira, no bairro Abrahão Alab, em Rio Branco.
Segundo informações de testemunhas, Sula trafegava no sentido bairro-centro pela Rua Ladislau Ferreira, em uma motocicleta modelo Biz, de cor branca e placa QWO-3B92, quando foi surpreendida por uma forte batida de um carro que atingiu a traseira de sua moto, arremessando-a a cerca de 17 metros de distância.
Ainda de acordo com testemunhas, o motorista de um carro modelo Golf, de cor preta, trafegava no mesmo sentido que Sula, mas estava na contramão. Ao retornar para sua faixa na direita, acabou causando o acidente.
As testemunhas viram a vítima caindo violentamente sobre o asfalto e tentaram seguir o motorista, mas não conseguiram alcançar nem registrar a placa, pois o condutor não parou e fugiu pela Rua Veterano Manoel Barros, acessando a Avenida Ceará. Depois disso, o carro não foi mais visto.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e enviou uma ambulância de suporte básico. Os paramédicos prestaram os primeiros atendimentos e encaminharam Sula ao pronto-socorro de Rio Branco, em estado de saúde estável.
Segundo os socorristas, Sula sofreu escoriações por todo o corpo e relatava sentir fortes dores nas costas e no quadril.
Policiais militares do Batalhão de Trânsito estiveram no local e confeccionaram o Boletim de Acidente de Trânsito (BAT), que será encaminhado à Polícia Civil para investigar e identificar o motorista do veículo Golf que fugiu após o acidente. A motocicleta foi entregue a amigos da vítima.
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Em Xapuri, Presidente do TRE enfatiza união das forças de segurança para 2ª Zona Eleitoral nas eleições
Durante o encontro, que foi realizado em Xapuri, teve como objetivo discutir a segurança das Eleições 2024, levando em consideração as particularidades do eleitorado e dos locais de votação de cada região
Com assessoria
Visando assegurar a normalidade e a tranquilidade das eleições, o Presidente do TRE-AC, Des. Júnior Alberto, juntamente com o Juiz da Luís Gustavo Alcalde Pinto, coordenaram reunião, com as forças de segurança dos municípios de Xapuri e Capixaba, com o objetivo de reforçar a segurança das eleições de 6 de outubro.
Durante o encontro, que foi realizado em Xapuri, teve como objetivo discutir a segurança das Eleições 2024, levando em consideração as particularidades do eleitorado e dos locais de votação de cada região.
Segundo o presidente do TRE-AC, os órgãos representativos do Estado – especialmente os responsáveis pela segurança -, juntamente com a Justiça Eleitoral, devem realizar, como é natural nesse período eleitoral, um trabalho sincronizado, de modo a atuar de forma mais eficiente e célere na prevenção e resolução de eventuais problemas durante os preparativos e a realização do pleito deste ano.
“Esse trabalho em conjunto é de extrema importância para garantir a legitimidade do processo eleitoral de votação. Estamos abertos e necessitamos das contribuições de todos vocês para realizarmos um pleito com paz e segurança”, disse o Presidente do TRE-AC, Desembargador Júnior Alberto.
Na oportunidade, a Diretora-Geral da instituição, Rosana Magalhães, apresentou uma lista de informações que serão necessárias e precisam ser informadas à Justiça Eleitoral para a elaboração do Plano Tático e Operacional de Segurança para as Eleições 2024.
“Estamos realizando todos os preparativos para o exercício da cidadania. Não estamos medindo esforços para realizar uma eleição em paz e segurança”, comentou o Juiz da 2ª Zona Eleitoral, Luís Gustavo Alcalde.
Já o Promotor da 2ª Eleitoral destacou a importância do Ministério Público no processo eleitoral. “Nossa instituição desempenha um papel essencial na fiscalização e garantia da legitimidade do processo eleitoral. Estamos comprometidos em realizar todos os preparativos necessários para assegurar um pleito legítimo e tranquilo”, garantiu Renan Batista.
Entre os participantes da reunião estavam Glayson Jean Moreno Dantas, Assessor de Inteligência e Segurança Institucional do TRE-AC; Chefe de Cartório da 2ª Zona Eleitoral, Leandro Queiroz; o Promotor Eleitoral, Renan Batista; o Delegado da Polícia Federal, Eduardo Queiroz; os Delegados da Polícia Civil de Xapuri e Capixaba, Michelle Boscaro e Aldizio Silva, respectivamente; o Superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Acre, Henzio Albuquerque, e o Chefe da Seção de Operações da PRF, Nelis Newton Silva; o Comandante em exercício do Corpo de Bombeiros de Xapuri, Alferino Ângelo Neto; o Comandante da Polícia Militar em Capixaba, Misael; o Comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar de Xapuri, Marcos Roberto; e o Prefeito de Xapuri, Bira Vasconcelos; e o Vice-Prefeito de Capixaba, Richard Lima.
2ª Zona Eleitoral em números
28 locais de votação (17 zona urbana e 11 zona rural)
86 seções eleitorais
21.632 eleitores
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CMN prorroga prazo para renegociação de operações de crédito rural
O Conselho Monetário Nacional (CMN) publicou nesta segunda-feira (16) a Resolução nº 5.173 autorizando as instituições financeiras a prorrogarem de forma automática, para 15 de outubro, o vencimento das parcelas e juros das operações de crédito rural de custeio, investimento e industrialização em municípios do estado do Rio Grande do Sul atingidos por enchentes, alagamentos, chuvas intensas, enxurradas, vendaval, deslizamentos ou inundações.
A medida vale para parcelas de principal e juros das operações de crédito rural vencidas ou vincendas entre 1º de maio e 14 de outubro de 2024.
A decisão do CMN inclui ainda a extensão do prazo para solicitação de prorrogação das dívidas, também até 15 de outubro, para mutuários com perda de renda igual ou superior a 30%, que não atendem aos critérios para os descontos previstos no Decreto nº 12.138.
Por fim, a Resolução autorizou também as instituições financeiras prorrogarem, de 15 de outubro até 30 do mesmo mês, as operações de crédito com recursos controlados, cujo vencimento das parcelas de crédito rural esteja vencido ou vincendo entre 1º de maio e 29 de outubro de 2024.
Com os novos prazos os produtores rurais que tiveram perdas não entrarão em situação de inadimplência e terão mais tempo e tranquilidade para solicitar os descontos previstos no Decreto nº 12.138/2024; a renegociação prevista item 13 do Manual de Crédito Rural (MCR), introduzido pela Resolução CMN nº 5.164/2024; e as operações de crédito com recursos do Fundo Social, de que trata a Resolução CMN nº 5.172/2024.
Fonte: Pensar Agro
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