Associação dos Militares diz que liberação de criminosos no domingo ‘descredibiliza’ a Justiça e enfraquece as polícias

A Associação não poupou críticas ao Judiciário. Diz, ainda, que quando um policial é acusado de prática irregular à função, todo o sistema estatal é acionado para puni-lo.

A nota é assinada por Kalyl Moraes, secretário da Associação dos Militares do Acre (AME/AC)

Da redação do Notícias da Hora

Uma nota pública a Associação dos Militares do Acre (AME/AC) comenta a respeito da liberação de envolvidos no assalto à loja Gazin da Via Verde, no último sábado (29). De acordo com o documento, mesmo diante de vasto material comprobatório do delito e da vida pregressa dos suspeitos do crime, estes foram liberados na audiência de custódia.

“O que mais chamou a atenção não foi o modus operandi dos criminosos os quais chegaram deflagrando tiros, oportunidade em que atentaram contra a vida de um policial, mas, especialmente, a atuação do Judiciário, posto que não obstante ao conjunto de provas materiais da ação criminosa, bem como a vida pregressa dos envolvidos voltada ao crime, todos foram soltos na audiência de custódia, colocando em descrédito o trabalho da Polícia, todo o sistema de segurança pública o que de fato ameaçou a paz social e, por conseguinte alimentando a sensação de terror e medo, vivenciados pelos acrianos”, destaca o documento.

A Associação não poupou críticas ao Judiciário. Diz, ainda, que quando um policial é acusado de prática irregular à função, todo o sistema estatal é acionado para puni-lo. A nota ressalta que a AME não espera o silêncio diante de abusos policiais, “mas tratamento digno e o respeito à presunção da inocência, vez que os papeis vem se invertendo onde o criminoso goza de privilégios, benefícios e benevolência, enquanto que o policial é jogado as masmorras”.

A AME/AC também ataca a liberdade de imprensa quando diz que jornalistas fazem ‘midiatização dos casos envolvendo policiais’. E acrescenta que a decisão de domingo, “descredibilizam toda a justiça acreana, demonstrando que os esforços dos policiais nessa guerra sangrenta contra o crime, sobretudo em detrimento das facções e organizações criminosas se trata de uma luta sem fim, fadada ao fracasso, resultando num sentimento de impunidade e impotência”.

E reitera: “É claro e evidente que todos os criminosos presos no sábado dia 29.06.2019 possuem extensa ficha criminal, foram presos em flagrante delito, as penas dos crimes a eles atribuídos ultrapassam 04 (QUATRO) anos de reclusão, bem como é fato incontroverso que a prisão preventiva se fazia necessária para assegurar a aplicabilidade da lei penal e preservar a ordem pública, ou seja, os pilares para a configuração da necessidade e adequação da prisão preventiva se faziam presentes, mormente a aplicação do Direito Penal vigente, todavia, inexplicavelmente, o judiciário concedeu carta de alforria a criminosos de alta periculosidade, demonstrando, claramente a inversão de valores os quais circundam não só a sociedade como um todo, mas também algumas autoridade que compõem os Poderes constituídos da Nação.

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