O deputado Arlenilson Cunha (PL) usou seu tempo de liderança durante sessão desta terça-feira (25), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para manifestar preocupação com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar questionou a imparcialidade do julgamento e criticou a atuação de alguns ministros.
Cunha destacou que Bolsonaro enfrenta acusações graves, incluindo a suposta liderança de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público. No entanto, argumentou que as provas apresentadas até o momento seriam frágeis. “Nos autos do processo, o que foi apreendido foram ripas e estilingues. Isso não caracteriza uma organização armada. O que pedimos é que haja um julgamento justo, sem viés político”, afirmou.
O deputado também comparou o tratamento dado aos apoiadores de Bolsonaro com episódios anteriores, como a invasão do Congresso Nacional em 2017. Para ele, há uma diferença na forma como a Justiça tem lidado com os casos. “A Constituição está sendo relativizada, e isso gera desconfiança na população. O que queremos é que o julgamento siga estritamente o que está nos autos, sem interpretações tendenciosas”, acrescentou.
Ao concluir, Arlenilson Cunha reforçou sua defesa por um julgamento imparcial e alertou para os impactos políticos da decisão. “Infelizmente, já imaginamos qual será o desfecho desse julgamento. Mas a história registrará se foi feito de maneira justa ou não”, concluiu.
Texto: Andressa Oliveira
Foto: Sérgio Vale